Capítulo 1

54.9K 2K 460
                                    

Yasmine Narrando...

Pego meu celular pela segunda vez, e vejo que falta dez minutos para o sinal da escola tocar, não acredito que ia chegar atrasada de novo graças aquela vadia.

Yasmine: Mano eu vou esfolar tua cara no asfalto Cláudia — digo irritada — Faz quase 1 hora que eu estou aqui plantada.

Cláudia: Porra não me apressa, espera só 1 minuto grudenta, estou me vestindo — responde rindo —

Eu acho que todas nós temos aquela amiga super chata e irritante que fala “tô pronta” mas ainda nem da cama levantou e ainda acha que têm razão.

Odeio coisas assim, vontade de arrastar ela de calcinha até a escola pra aprender a se levantar mais cedo!

Yasmine: Me escuta bem hein filha da puta, se minha vó me bater de novo por matar aula tu vai conhecer minha mão viu — coloco minha mochila em cima do sofá e vou em direção da cozinha pegar algo pra comer —

Essa menina praticamente me obriga a lhe esperar pra nós irmos para escola juntas e a maioria das vezes Cláudia está sempre atrasada e eu acabo matando a aula por causa disso.

Semana passada uma vizinha fofoqueira correu contar pra minha vó que eu tinha matado a aula para ir comprar um sorvete, cheguei em casa e quase morri de tanta chinelada e tapas que eu levei.

Sou órfã de mãe e pai desde meus 5 messes de vida, desde pequena vivo com a dona Conceição, ela é como uma mãe para mim nunca deixou faltar nada dentro de casa, me deu amor, carinho, educação eu devo a minha vida a ela, minha mãe!

Depois de vascular a cozinha inteira procurando algo pra comer, abri a geladeira e peguei duas fatias de bolo e 2 iogurtes danone, tava bom demais.

Bianca: Tu me chamou de puta ou eu ouvi mal Yasmine — aparece do nada na cozinha, caramba nem sabia que tava em casa —

Yasmine: Quem eu? — faço uma de fingida — Acabei de chegar Bianca, deve ter sido a vizinha mal educada que mora ao lado. Ò velha com a boca suja.

Bianca: Tu não tem vergonha na cara menina — abana rindo —

Yasmine: Quê isso hein Bianca, o popotão tá em forma, mulherão da porra essa — digo —

Com 38 anos dona Bianca têm um corpo de sonhos, sem celulite nem estrias, a bunda maior do que a minha, cabelos loiros e longos, olhos verdes claros... Nem faz a sua idade!

Bianca: Tá achando que sou tua colega sua folgada — diz dando um tapa em meu braço — Cacau tu faz o favor de descer imediatamente antes que eu suba, hoje tu não vai matar aula nenhuma — diz gritando —

Minutos depois Cláudia desce as escadas bufando de raiva por não ter tido o tempo de se maquilhar, acabo de comer meu pedaço de bolo e pego minha mochila no sofá da sala.

Cláudia: Não entendo essa gente que têm casa mas ensiste em comer na dos outros — manda indireta — Tchau manhê — diz fechando a porta de casa —

Yasmine: Ih colega me deixa, tu salta minha janela de madrugada pra vir comer na minha casa, porquê eu não posso — digo e ela nega —

Cláudia: Nem sei saltar a corda imagina tua janela.

Enquanto subiamos o morro em direção da escola Cláudia me contava da sua relação com o Gabriel, um ficante dela. Ontem nos vimos à noite mas as novidades nunca param né.

A escola nem era muito longe, uns 10 minutos à pé além do mais quando conversamos o caminho inteiro o tempo passa rápido.

Eu e Cláudia estamos no 2°ano do ensino médio, não estudamos na mesma sala nem na mesma área.

Ela faz estudos de enfermagem e eu recepção, talvez após terminar o 3°ano a gente saía do Brasil em busca de algo melhor.

Como de habitude tivemos que passar em frente da boca, esse era o único caminho possível mas eu não gostava nada dos homens daqui.

Sempre soltam uma piada sem graça e irritante, de tanto que eu ouço isso todos os dias nem ligo mais.

Xxx: Chupava elas gostosinho, ò morena gostosa da porra — comenta um engraçado sem dentes —

Cacau: Tu vai é chupar a buceta da tua mãe filho do capeta, não tem respeito não? Quando teus dentes da frente nascerem tu pode nos dirigir a palavra... — me olha de maneira a me incentivar a completar a frase —

Yasmine: Enquanto isso não acontece, um vai tomar no meio fo seu cu é a resposta.

Ele dirigi um olhar de fúria na nossa direção enquanto seus colegas riam, assim que ele se levantou nem demos o tempo dele tirar a arma ou algo do tipo, peguei Cláudia pela mão e saí correndo.

* * *

Cláudia: Muito abusado esse traficante aí, pensa que tá falando com quem — diz entrando na escola —

Yasmine: Espero só não cruzar com ele de novo, vai que o mesmo me pega ou vice e versa.

Cláudia: Meti um chupe no seu pau murcho eu hein! Mas tu viu aqueles dois trafica nos olhando?

Yasmine: Quem?

Cláudia: Hmm senão era o BN e seu amigo — ela diz — Esse homem me causa calafrios, olhar mais vazio que já vi eu hein.

Yasmine: Aquele dia sem querer me esbarrei nele, pensei que o mesmo ia me ajudar a levantar mas sabe o que ele me disse? — ela faz menção pra eu dizer — “ Tá cega filha da puta, tira os olhos do cu porra ”.

Cláudia começou a rir e eu tranquei a cara, esse homem é abusado demais só porque é envolvido.

O sinal tocou e nos despedimos indo cada uma para um lado, assim que vi o professor de biologia revirei os olhos.

* * *

Cláudia: Tu vai ao baile de sábado?

Yasmine: Pra ver tu brigando com a maioria das garotas da quebrada e depois ir parar no posto como da última vez? Não obrigado.

Cláudia: Dá última vez aquela vadia estava se colando no Guilherme, tenho cara de trouxa não — se justifica — Mas vamos miga, vai ter alguns mc's da hora, vamos abanar a raba até de madrugada.

Yasmine: Não sei, se eu não tiver com preguiça não vou mas caso seja o contrário eu te aviso — digo mexendo no meu celular —

Não era para me gabar mas os bailes daqui eram os melhores, ambiência era tranquila e boa, embora de vez em quando tens umas treta em traficantes mas eu nem dou um tchoum, fico no meu quanto.

Assim que Bianca liga mandando a Cláudia voltar para casa porque já estava escurecendo, eu vesti um conjunto de fato de treino da nike, calçei meus chinelos e lhe acompanhei até a sua casa.

Bianca me convidou para jantar mas pela primeira vez eu recusei, tínhamos acabado de comer 2 caixas de pizza, não tinha espaço para nada, sem esquecer que eu queria voltar para casa o mais rápido possível.

Grávida De Um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora