Capítulo 18

27.7K 1.6K 144
                                    

Yasmine narrando...

A minha vida agora sim estava destruída, acabado, sem sentido, um inferno!

Ser obrigada a conviver no mesmo teto com um monstro, psicopata, idiota, destruidor da minha vida era demais, não conseguia engolir essa história.

Ele poderia ter me deixado em paz, esquecer a minha existência e me deixar cuidar delas sozinhas, GH poderia ter me tratado como uma cachorra como fez da última vez, me xingado mas depois me deixar quieta no meu canto, tentando dar a volta por cima!

Fiz drama, chorei, me humilhei, implorei para que ele me deixasse em paz, esquecesse dessa história toda mas o filho da puta ameaçou atirar contra minha barriga de novo.

Quis soca-lo, pegar a arma que ele tinha nas mãos e lhe acertar, queria matar esse infeliz e fugir mas certamente ia dar merda.

Não aguentava mais chorar, minha cabeça doía, me sentia fraca, meu corpo estava mole e quente, têm dias que você tem vontade de morrer, ser esquecida por todos!

Ontem Cláudia e Larissa vieram aqui arrumar barraco, gritaram, xingaram até tentaram partir pra cima dele mas BN segurou as duas, GH estava fora de si e matar elas seria fácil.

Talvez fosse melhor que ambas não se metessem pois eu não quero que o pior aconteça.

Desde o acontecido eu e ele não nos falamos, se passou dois dias mas dentro de casa não se ouvia a voz de ninguém, o ambiente era frio!

Esse puto me tirou o direito de trabalhar, não me deixa ir de jeito nenhum, por enquanto não falei nada preferi ficar calada mas ele está muito enganado se pensa ou acredita que vai mandar em mim, vou trabalhar sim.

Ele acordou cedinho e foi para a porra da boca vender, fiquei deitada naquela cama dura e velha sozinha, com o coração apertado, estava com saudades da minha avó, do seu abraço...

Peguei uma toalha na minha mochila e fui tomar um banho, ao entrar no banheiro deu vontade de vomitar só ao sentir o odor azedo, o banheiro estava sujo, imundo, horrível perdi até o gosto de tomar banho.

Saí do quarto emburrada e caminhei até a cozinha em busca de comida.

Cerveja e poeira foi isso que eu encontrei nos armários e na geladeira, pra um traficante ele é muito pobre.

Filho da puta me tira do meu conforto pra me trazer pró inferno. Exausta e cheia de fome decidi dormir um pouco quem sabe a fome passe.

Acordei algumas horas depois, lá fora já estava escuro e não dava pra enxergar nada por conta do nevoeiro, me encolhi na cama fazia frio naquele quarto, ouço o barulho da porta se fechar, suponho que é ele.

Gustavo Henrique narrando...

Essa ideia de ela estar grávida só me deu dor de cabeça, pprt me fodi legal com essa desgraça, várias coisas ficavam batendo neurose na minha mente, me arrependi até que ter escutado BN.

Só pra não ouvir nem aguentar os deboches dela passo a maioria do tempo fora de casa, só pra não perder a paciência e lhe matar.

Cheguei na boca e entrei pra minha sala, Lobão chegou e trocou algumas idéias comigo, me passou a visão de algumas coisas, e os corres que deviam ser feitos.

Não demorou muito pra aquele veado chegar e grozear no meu ouvido.

BN: Felicidade pró papai do ano - debocha - Vim me candidatar a ser padrinho, e não aceito não como resposta.

GH: Na moral Bernardo, não fode! Não fode pra eu não descer bala em tu filho da puta.

BN: Pelos vistos a convivência tá boa parcero.

Pá de gente ficou grozeando no meu ouvido, dizendo que eu devia deixar a Yasmine em paz e a criança também, se fuder, filho é meu, cada um cuida da sua vida.

Poderia muito bem ter matado aquela vagabunda, mandar ela pra outro estado ou país ou simplesmente lhe obrigar a tirar essa criança, mas burro como eu sou fui nos conselho de Bernardo, dizendo pra eu não fazer merda nem nada.

Se a dona não tivesse dito que eu a engravidei e BN não tivesse falado que era sua avó negaria até o fim essa criança, não que eu acredite literalmente pois tenho minhas dúvidas, mas os cálculos batem porém ninguém me garante que fui o único a comer sua buceta.

Fiz os meus bagulho na boca e mais tarde depois de ter resolvido alguns problemas com as mercadorias de armas, decidi ir pra casa descansar mas antes passei na dona Vaulda e comprei alguma coisa pra ela comer.

Fiz um toque de bandido com BN em seguida entrei dentro de casa, tirei o radinho, a arma e as chaves de casa de da moto, coloquei em cima da mesa. Estava tudo silencioso, deixei a comida na cozinha e fui até ao quarto.

Tava encolhida que nem bicho de seda, ela olhou pra mim com um olhar frio mas nem liguei, entrei no quarto e tirei a blusa precisava de um banho.

GH: Têm rango em cima da mesa se tiver fome - digo -

Yasmine: Pensei que iria comer tijolos com água - diz sarcasticamente mas eu ignorei e entrei no banheiro -

Depois de um banho tomado saí com a toalha enrolada na cintura não tinha ninguém no quarto, e peguei um boxer preto na gaveta e vesti.

Fui até ao armário e peguei um cobertor mais quente já que a casa estava fria, ela entrou no quarto ainda mastigando em seguida me olhou.

Yasmine: Eu não vou dormir junto com você - diz -

GH: Se tiver incomodada dorme no chão mesmo, tá achando que vou dormir no sofá pra sempre - digo me deitando -

Demorou pra mandada se render e vir deitar na cama, ela ficou na pontinha reclamando de tudo, troquei algumas mensagens com algumas putas do morro em seguida dormi.

Grávida De Um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora