Capítulo 12 EDUARDO

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Cheguei em casa, tomei um banho, e me arrumei para sair, hoje vou à caça, faz mais de uma semana que não pego ninguém. E é noite de sexta-feira, está cheio de mulher dando sopa e doida para ser comida por aí. Quando cheguei à sala de estar, Sergio e Nando estavam chegando do churrasco, me dirigi ao bar e me servi de uma dose de whisky.

─ Aonde você vai? Perguntou Sergio

─ Caçar.

─ Mas e Julia? Perguntou Nando.

─ Julia não é mulher para mim.

─ Posso saber por quê? Já que até ontem, ontem só não, hoje à tarde você estava doido para pegá-la? Continuou Nando

─ Disse-o bem meu amigo, estava do verbo não estou mais afim de "pegá-la", Julia, não é mulher para pegar, usar e jogar fora. Quero mulher para foder, não para casar.

─ E quem disse que você tem ou teria de se casar com ela?

─ Você gostou mesmo dela não é Nando?

─ Acho que gostar é pouco. Conversei muito com ela, e o que vi, foi uma mulher, forte e vulnerável, segura e frágil, alegre e triste. Ela é ambivalente, mas, consegue equilibrar sua ambivalência de uma forma espantosa. Pareceu-me ser aquele ser humano, que quando ama, se entrega, se doa, sem esperar receber nada em troca. Já nem digo de sua beleza e sensualidade, pois seria covardia para com as outras mulheres. Sou gay, mas não sou cego, o fato de não me sentir atraído por mulher, não significa que não ache bonita e sensual, quando vejo uma. E Julia transborda beleza e sensualidade. A beleza dela transcende ao físico. Mas você não respondeu à pergunta.

─ Ninguém disse que teria de me casar com ela, mas Julia tem seus valores, que merecem ser respeitados. Estou com um tesão da porra por ela, quando a vejo, sinto vontade de voar em cima dela, e fode-la até ela esquecer o próprio nome. Mas hoje, quando não consegui me conter e quis beija-la, o que vi em seus olhos, me assustou, me derrubou. Normalmente eu chego e pego o que quero, com Julia, senti necessidade de avisar que ia beija-la, talvez, esse tenha sido meu erro. Se eu tivesse simplesmente tomado sua boca, eu não teria visto aquele olhar. Enfim, preciso tirar Julia do meu sistema.

─ Eduardo Soares Lemos, com crise de consciência. Quem diria? Disse Sergio rindo.

─ Mas, você já pensou também que ela além de não retribuir seu beijo, o mordesse, ou esbofeteasse, ou ainda as duas coisas? Como você mesmo acabou de falar, Julia tem valores que não apenas merecem, mas que devem ser respeitados. Foi a vez de Nando falar.

─ Edu nós somos amigos desde sempre, e é nessa qualidade que me dou o direito de falar. Cada um de nós quatro, acompanhou a vida do outro, nossas inseguranças, descobertas, dúvidas, você viu de perto todo o meu sofrimento para me assumir, para eu assumir quem sou e o que sou. Foi você quem me apoiou quando conheci Nando, da mesma forma que acompanho sua história com Julia desde o primeiro dia em você botou os olhos nela. Confesso Edu, que para mim, você sequer se lembrava dela. Para mim, Julia não tinha sido nada além de paixonite de adolescente. Você nunca a procurou você nunca sequer quis saber onde ela estava. Você nunca mais tocou no nome dela.

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