Capítulo 4 EDUARDO

407 32 7
                                    

Tão logo ela saiu do bar, fui embora também, cheguei em casa, fui para o meu quarto, tomei um banho, apenas coloquei uma boxer, e desci, me servi de um whisky e sentei-me no sofá, e a imagem de Julia me veio à mente. Porque ela não aceitou minha carona para ir para casa? Porque preferiu ir com seu amigo? Será que existe algo entre eles, ou será apenas para fugir de mim? Mas fugir de mim por quê? São quarenta anos sem nos vermos, sem notícias um do outro. É inegável que não apenas eu fiquei mexido ao vê-la, pude sentir que ela também ficou mexida ao me ver. Será que ela tem alguém em sua cidade, ou será que está pensando que eu tenho alguém? Ou ainda, será que está pensando que estou ficando com a Regina? Perguntas essas que vou querer saber as respostas amanhã sem falta. Terminei minha bebida e fui me deitar porem não consegui pegar no sono, rolei na cama a noite inteira. Julia não me saia da cabeça. Quando consegui pegar no sono o dia já amanhecia. Acordei com a porra do meu celular tocando, era Regina, olhei no relógio e eram apenas 7h30m., fiquei muito puto.

─ O quê?

─ Bom dia para você também Edu.

─ Tá, o que você quer?

─ Você vai passar aqui em casa que horas para irmos para a fazenda?

─ E quem disse que vou passar na sua casa?

─ Poxa Edu!

─ Olha Regina, arranje outra carona para ir, isso se você realmente quiser ir. Ou então, deixe de ser comodista e vá com seu carro. E desliguei.

Que mulherzinha mais pé no saco! Coloquei o celular na mesinha de cabeceira e voltei a dormir. Por volta das 11h00m, novamente fui acordado pelo celular tocando, mas dessa vez era o Sergio, dizendo que estava vindo com o Nando, seu marido, para passar uns dias também na cidade, que chegaria à tarde. Eu lhe disse para quando que quando estivesse chegando para ligar, pois havíamos combinado de passar o fim de semana na fazenda do Ricardo. Encerrei a ligação tomei um banho e coloquei algumas roupas numa bolsa de lona, artigos de higiene pessoal e desci para tomar meu café da manhã. Passei as instruções para a Nilza no sentido de deixar o quarto de hóspedes arrumado para o Sergio e o Nando, alguma coisa leve na geladeira para comermos, e segui para a fazenda. Já cheguei à fazenda por volta de 12h30m, estavam todos na piscina.

Para variar, Regina tão logo me viu se assanhou toda. Aproximei-me das meninas beijei suas bochechas e dei um abraço de caras no Paulo e no Ricardo. Peguei uma cerveja e sentei-me em uma cadeira à mesa onde estavam. Ricardo viu logo que eu não estava com cara de poucos amigos, disse a ele que Sergio e Nando estavam vindo, o que o deixou animado, pena que Rogerio também não viria, pois estava inspecionando uma obra que havíamos pego em Nova York, e ficaria lá por pelo menos três meses. Estávamos Paulo, Ricardo e eu conversando, quando Martinha se juntou a nós, Ricardo havia me dito que já haviam ligado para Julia umas cinco vezes, e que ela disse que não viria mesmo, mas que iriam tentar mais uma vez. E assim fez. Martinha pegou o celular ligou para a Julia e colocou na viva voz.

─ Oi

─ Ju, estamos todos aqui, se anima irmã, o Ricardo falou que vai buscar você, venha pelo menos passar o dia conosco, se você realmente não quiser ficar o Ricardo leva você à noite.

─ Mas que saco Martinha, já falei que não estou afim. Se eu quisesse ir, tenho carro aqui ou você se esqueceu?

─ Ju, aqui é o Ricardo, vem poxa, está faltando você para alegrar "certo alguém."

─ Ricardo meu lindo, a Regina está aí?

─ Sim

─ Então não está faltando ninguém. E quanto a você Martinha, respeite a minha decisão. Você já está ficando inconveniente. Tenham um bom dia.

UM AMOR MADUROOnde histórias criam vida. Descubra agora