Capítulo 21 JULIA

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 Acho que o mundo parou, pelo menos, o meu mundo parou quando Eduardo me pediu em namoro. Dizer que não foi romântico, seria ridículo, porque foi. Um por do sol espetacular, o barulho das ondas quebrando com suas espumas brancas, só faltou uma música para completar. Acho, não, tenho certeza, de que se Eduardo tivesse me pedido em namoro quando éramos adolescentes, não teria sido tão mágico. Mas tenho que confessar que naquela época, Eduardo era o meu príncipe, o garoto com quem sonhava, sem defeitos. Mas, hoje, é um homem que usa as mulheres, que as trata como lixo. Hoje, Eduardo é alguém em que não confio.

Naquela época, se ele tivesse me pedido em namoro, seria diferente, hoje, o que Eduardo quer, é me levar para cama, e quando conseguir isso, vai fazer a mesma coisa que faz com todas. Eduardo está acostumado a ter a mulher que quer, quando quer, comigo ele viu que não seria assim tão fácil, então me tornei um desafio para ele. Sei que ele vai fazer de tudo para tentar me convencer a fazer sexo com ele, afinal não sou mais a adolescente virgem ridícula que gostava do garoto mais bonito da cidade. Hoje sou uma mulher de cinquenta e seis anos, quase cinquenta e sete, viúva, mãe e avó.

Sei que prometi a mim mesma, me dar uma chance de encontrar alguém, de amar e ser amada. Mas Eduardo só quer sexo. Não sei se consigo conviver com isso. Não sei se consigo ou se vou conseguir resistir aos seus encantos, às suas investidas por muito tempo. Tenho certeza de que ele irá insistir, seja de que maneira for, e quando eu disser não, ele vai me deixar. E tenho medo, medo de me apaixonar, medo de ama-lo e vir a sofrer. Não sei se vale apena correr o risco.

Como acontece quase todas as noites, estou conversando com Nando, que se tornou um grande amigo em uma vídeo chamada. Não contei a ele ou a ninguém que Eduardo me pediu em namoro. Não contei que já nos beijamos ou que ele esteve aqui. Quero manter isso apenas comigo. Resolvi deixar as coisas como estão para ver como ficam.

Daqui a três semanas será meu aniversário, e como em todos os anos, reúno os amigos mais íntimos em um jantar. Hoje chamei Nando, para convidar a ele e Sergio para virem. Estávamos conversando, com Nando me contando uma piada, onde eu dava gargalhadas, quando Sergio chegou com Eduardo na casa deles. Os dois vestidos elegantemente de terno e gravata. Dois espécimes de homens para deixar qualquer mulher babando. Sergio, lindo nos seus 1m90cm, olhos azuis e cabelos castanhos, com um corpo, que dispensa comentários de tão perfeito que é, vestido em um terno cinza de três peças, camisa branca e gravata vermelha. Quem vê, não diz que é gay. Por incrível que pareça, o cara é másculo, tem um vozeirão e um charme, do tipo Jesus me abane. Sabe? E já sofreu e ainda sofre muito. Mas, é a história dele, e só ele pode contar.

Eduardo, em todo seu esplendor, charme e gostosura, nos seus 1m85cm, vestido com um terno azul marinho, camisa azul clara e gravata com listras diagonais em tons de azul marinho e prata. Dá para ser mais gostoso?

Sentam-se um de cada lado de Nando.

─ Oi Ju. Como vai você? Disse Sergio

─ Oi Sergio. Tudo bem e com você?

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