Capítulo 22 EDUARDO

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Julia mais uma vez me surpreendeu. Quantas surpresas ainda me esperam vindas dessa mulher? Sergio estava querendo saber quem era a mulher, que fez que eu cometesse a grosseria de quase chamar Julia pelo nome dela. Mal sabe ele, que é ela mesma. Quando ouvimos Nando gritar como louco, corremos para o escritório. Ao abrirmos a porta, escutamos Nando falando com Julia, sobre uma cadeira erótica supostamente em seu quarto.

Quis avançar para ver a cara de Julia, confirmando a existência da cadeira, mas Sergio me segurou. Então ouvimos ali, inertes, a conversa dela com Nando. Nem mesmo Nando se deu conta de nossa presença, de tão absorto que estava com Julia.

A cada palavra que ela dizia, meu coração apertava mais no meu peito, minha barriga, parecia que tinha um iceberg dentro, meu estomago, parecia um ninho de borboletas, sei, borboletas não tem ninho. Mas as de meu estômago estavam em um, e meu pau, parecia que iria rasgar minha cueca e minhas calças.

Quando ela disse: "Fazer amor e ter um orgasmo é muito diferente de foder e gozar. É um estado de espirito, é uma sensação indescritível. Lógico, que na hora em que você está seja na cama, no chuveiro, na banheira, piscina, mar, ou qualquer lugar, você não usa expressões como: "pênis", "vagina", "anus" ou "orgasmo". Pois seria extremamente brochante. Já imaginou, se o Sergio chegasse para você no auge da excitação e dissesse, quero penetrar seu ânus? Sentir sua boca em meu pênis? Tenha um orgasmo para mim agora. Pois é. Você brocharia no ato, e, tenha certeza, ele também. Mas gozar e ter um orgasmo são coisas bem diferentes. Como fazer amor e foder. Mas não dá para descrever. Tem de sentir. E só quem vive essa experiência, que sabe a diferença".

Não me contive e fui para frente do monitor. Olhei bem no fundo de seus olhos, querendo ver não sei bem o que, mas vi diante de mim, a mulher que mudaria minha vida. Aliás, já estava mudando. E essa mulher haveria de ser minha. Ela se despediu e encerrou a chamada.

Fiquei sem palavras, minha vontade era pegar um voo e ir atrás dela. Sentir novamente o gosto de sua boca, seu perfume, o calor de seu corpo junto ao meu e fodê-la naquela cadeira até ela esquecer o próprio nome.

─ Edu? Chamou Sergio.

─ Oi.

─ Aconteceu alguma coisa? Você parece estar viajando.

─ Não. Nada.

─ Que mulher! Jamais imaginaria que Julia fosse assim, tivesse essa cabeça. Continuou Sergio.

Fomos para a sala, me servi de um whisky e sentei no sofá, ainda pensando nas palavras de Julia.

─ Você sabia que daqui a três semanas é aniversário de Julia Edu? Perguntou Nando.

─ Não. Como eu saberia?

─ Ela ligou hoje para nos convidar amor, e eu disse a ela que iriamos. Falou Nando.

─ Podemos ir sim, amor. Respondeu Sergio.

─ Bom, eu vou de qualquer maneira. Quero ver aquela cadeira e aquele mastro de perto. Julia perguntou se eu a quero, pois ela vai tirar de seu quarto. Disse que para ela não tem mais serventia. Você topa amor, foder gostoso naquela cadeira?

─ Deve ser muito bom mesmo. Se isso vai fazer você feliz amor, claro que topo. Como Julia falou na busca da realização e satisfação do prazer do parceiro tudo é valido. E um pouquinho de pimenta no relacionamento, é sempre bem vindo. Confirmou Sergio, para Nando, com os olhos cheios de amor.

É realmente lindo o amor dos dois, depois de tudo pelo que passaram para ficar juntos.

─ A Ju me disse que todo mundo vai. Martinha, Paulo, Clarinha, Ester e Ricardo. Até o Rogerio vai vir de Nova York com a amiga dela que ele está ficando. E você Edu? Vai também? Falou Nando

UM AMOR MADUROOnde histórias criam vida. Descubra agora