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ANTOINE.


Fernando se esgueira por pessoas demais até nos levar para uma espécie de cubículo com poltronas forradas em couro vermelho e iluminação fluorescente — neste momento, três garotas quase sem roupa vem em nossa direção, uma delas trazendo uma garrafa de Whisky , eu o pego e dou uma grande golada, ansiando por entorpecer meus sentidos de álcool antes de agir.

— Vá com calma, grizi — meu companheiro alerta.

— Achei que Alain estivesse na França — reviro os olhos.

Fernando estava mesmo se achando meu pai à esta altura do campeonato?

— Relaxem, meninos — uma das strippers comenta, me empurrando em direção a poltrona para subir em mim. Ela cheira a cigarro e perfume barato.

As duas do lado fazem o mesmo com Torres.

Elas sorriem muito e se movem de uma maneira quase sensual, mas sequer chegam perto da garota de longos cabelos negros nua sobre aquele palco.

Estou aqui por causa dela. É o que eu gostaria de dizer.

— Você conhece a garota no palco? — pergunto à garota em meu colo.

Ela se vira para olhar a mulher deixando o palco e contorce o nariz quando volta a me encarar. — Quem não conhece a Amber? Ela é um nojo — irritação pondera em sua língua. Quase gargalho.

Então tiro a dançarina do meu colo e me colo de pé.

— Vou dar uma volta —alerto à Torres. Ele está tão absorto na garota que esfrega a bunda sobre seu pau que não me dá a menor confiança.

Saio do cubículo vermelho e sigo em direção a parte de trás do palco, um homem gay está atrás da fita e solta um urro quando visualiza meu rosto. — É um prazer tê-lo por aqui, senhor — aperta minha mão calorosamente.

— Onde Amber está?

— Amber, hmm? —um sorriso malicioso toma seu rosto — Aí, acho que ela disse que ia para o camarim. Passou como um furacão por aqui, mas tente a sorte de não ser enxotado. É só seguir aquele corredor e verá uma grande porta.

Agradeço a informação e vou para o corredor.

Estava em um nível alto de euforia, isso precisava dar certo.

Nós haviamos acabado de sair de um jogo contra o Getafe, um placar absurdo. Fizemos uma goleada completamente empolgante. "Temos de comemorar isso" Fernando gritou no vestiário. Como a grande maioria dos caras resolveram comemorar com suas "familias perfeitas" e as "namoradas perfeitas", sobramos apenas Fernando e eu de solteiro. Koke também fazia parte disso, mas sua mãe estava com problemas e ele iria para sua casa depois do jogo.

Então eu tive a ideia.

O lado obscuro de meu subconsciente pensou naquele ato que não me saia dos pensamentos; os olhos oscilantes fitando minha alma enquanto chupava meu pau, o toque, o anal, e aquelas malditas palavras "achou que foi o primeiro?" "bela trepada, aliás" Meu Deus! Eu estava surtando!

Não conseguia parar de pensar nela por um segundo sequer dos dias que sucederam aquele momento na casa de Diego. Por um instante, esqueci de todos os meus problemas; tudo que me assombrara era seu cheiro e seus atos.

Ela era a puta perfeita. Totalmente diferente das outras com quem fiquei. Me deu sua boceta, seu rabo, mas parecia não dar a mínima para quem eu era. E além de foder comigo, fodeu com meu ego quando zombei sobre a sua roupa. "Você não foi o primeiro" debochou de minha cara, de minha fama. Me deixou durante dias questionando o porquê de não ter implorado pelo meu telefone, uma foto ou qualquer merda do tipo; como qualquer uma teria feito em seu lugar. Como todas as outras groupies fizeram após eu fodê-las.

STRIPPER [GRIEZMANN] ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora