STRIPPER [GRIEZMANN] ✨

c i n q u e n t a & c i n c o

Nota da autora: MEU DEUS DO CÉU! Antoine Griezmann ganhou sua primeira copa do mundo hoje.

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AMBER

Mia está chorando há quase uma hora. Abraço-a apertado e canto uma canção de ninar afim de acalma-la mas tudo que consigo é fazer com que chore ainda mais em meus braços.

Estou segurando o choro também.

Algumas pessoas olham para mim de uma maneira estranha enquanto cochicham coisas entre si.

Eu me encolho na poltrona, envergonhada por estar atrapalhando o descanso de todos os passageiros daquele ônibus de viagem por ao menos saber cuidar de um bebê recém nascido. Meu bebê recém nascido.

— Me desculpe —eu sussurro para o rapaz sentado do meu lado, que lança-me um sorriso paciente.

“Está tudo bem” responde vago.

Na parada seguinte busco por uma farmácia e imploro ao farmacêutico que me ajude com o choro incessante de Mia. Ele me diz que ela possivelmente está com cólicas, que é comum em bebês dessa idade e me indica um remédio apropriado para aliviar sua dor.

Eu pago e sigo para fora do lugar quase deserto.

— Hey, você não é a ex namorada do Griezmann? —uma mulher diz para mim e eu encaro-a confusa. 

— Bem… Não foi exa..

— Eu sinto muito por tudo aquilo, querida. 

Ela me puxa num abraço apertado envolvendo a fragilidade de Mia e minha. Eu não entendo o motivo daquilo, mas na sua sinceridade abraçar, me sinto grata.  Estava num momento fodido, e receber o afeto de alguém me fazia um mínimo tranquila.

— Ã… Obrigada por isso.

Eu agradeço a ela, sem saber porquê.

Será que alguém havia filmado meu momento de vexame para com Antoine? Se filmaram, de qualquer forma, eu definitivamente não queria saber.

Antoine tornara-se numa página apagada.

Minha filha era o que me importava. Apenas ela.

Diante de todo caos, nada além dela fazia sentido.

E se ele fosse mesmo me tirar ela judicialmente, eu não permitiria isso sem lutar. Nunca.

Volto para o ônibus com uma carranca chateada e com Mia mais calma após ingestão do remédio, faço-a dormir rápido e passo o resto do tempo de viagem pensando e repensando nas horas anteriores e no quão injusta algumas coisas eram.

Tudo vinha como um turbilhão.

E eu ao menos tinha tempo suficiente para digerir o que me acontecia pois seguidamente vinha algo dezenas de vezes pior para cobrir o anterior.