v i n t e & s e t e

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{ander herrera e david de gea}
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Dois dias precedente ao primeiro jogo entre Manchester United x Atlético de Madrid pela Champions League.

David aperta a minha cintura e me guia para dentro da boate completamente lotada. Há pessoas de todos os tipos entrando e saindo do amplo espaço com luzes neon, letreiros brilhantes e música alta na celebração de sua inauguração.
Ander havia feito uma pequena resenha particular para comemorar a vitória do Manchester sobre o Arsenal, e nós todos estávamos em minha casa: Ander, eu, David, Jesse Lingard, Juan Mata, sua namorada Evalina, e Marcus Rashford; quando Jesse recebeu uma DM no Instagram de um colega o convidando para o lugar, e automaticamente nos arrastou junto consigo.
Agora todos estão vidrando suas atenções para nós, e me sinto envergonhada diante de tantos olhares. Eva me diz estar acostumada com aquilo, mas eu sinto um misto de timidez. "Não quero nem ver a cara do Mourinho quando ele vê nossas fotos circulando por aí. Ele vai nos matar e por sua causa, Jesse!" Indaga Rashford, rindo.

"Ah, nada a ver, maninho. Se José não curte é um problema dele. Nós somos jovens e temos o direito de curtir a nossa vida! -diz por cima do som- Além do mais, todos sabemos que é óbvio que somos superiores ao Atlético."

Jesse completa e basta aquilo para que eu sinta um forte frio na barriga. Com Andreas na cidade me perturbando nos últimos dias, e com David, mal tive tempo de raciocinar o quão perto estávamos daquele jogo.

Eu ainda não havia me preparado para vê-lo.

Minha vontade em si era de não ir ao Old Trafford naquele momento, naquele dia, mas havia Ander, meu irmão, e por ele eu tinha obrigatoriamente de fazer parte daquele lugar. Eu podia simplesmente ter aceito as desculpas de Andreas e voltado com ele para a Espanha hoje mais cedo, como me implorou, mas não fiz. Escolhi ficar.
E fazendo tal escolha, eu teria de encarar Antoine Griezmann. Tería de vê-lo novamente, mesmo com a distância do gramado para a tribuna.

- Quer fugir? -David sussurra contra o lóbulo de minha orelha e me causa arrepios. Jogo a cabeça para o lado e balanço a cabeça em afirmação.
É então que deixamos os rapazes que seguem em direção ao camarote, e desviamos o caminho por um amontoado de pessoas até chegarmos no bar principal que fica próximo a pista de dança. - Ginseng com rum. -diz o louro do meu lado para o barman. - O quê você vai querer, Amber?

- Vodka!

O homem assente, some e rapidamente retorna com as nossas bebidas em mãos. Seguindo para atender os outros clientes.

Eu me sentia tão nervosa e agitada com os últimos acontecimentos, que dou uma golada de uma só vez em todo o líquido logo sentindo o arder atingir minha garganta. Em meus pensamentos havia Antoine, a suposta gravidez que deu negativo, o quase encontro com o cara que mais amei na vida, e os encontros com David... Eu estava a flor da pele. Puro nervosismo. "Hey, vamos com calma" replica Dave, rindo do meu lado alcoólatra. "Traz outro, por favor." diz para o barman, que percebendo a minha agitação minutos mais tarde retorna com a garrafa em mãos.

Não basta muito. Pouco mais de vinte minutos depois e cerca de sete shots de vodka, eu já começo a me sentir tonta em meio a eletrização que me atinge. - Vamos dançar! -me viro de frente para ele, que balança a cabeça tímido. - Por favor, Davezinho. -acaricio a sua bochecha, barba e queixo, e deixo um selinho lá.

Ele está rindo, zombeteiro. - Não faz isso comigo, linda. Eu sou péssimo com qualquer tipo de dança.

Eu não tinha mais controle do que estava fazendo, depois de todo aquele álcool, estava totalmente atraída pelo goleiro do time de meu irmão.

- V-vamos fazer assim, tá? Eu, e-eu sou uma bola. -Ele gargalha e eu o olho irritada para que preste atenção em mim. - Um atacante rival me chutou muito forte em direção ao gol, e falta pouco pro jogo acabar. V-ocê, goleiro, vai usar a sua habilidade com as mãos -seguro as mãos dele, pondo-as sobre a minha cintura em meio a uma risadinha malandra. - Vai aperta-las com força contra a bola, e...

- Puta merda! Eu não consigo!

Diz inaudível, mas não consigo ao menos prestar atenção pois os seus lábios se grudam sobre os meus e também querendo aquilo, é a minha língua quem o invade pedindo passagem. Eu estava bêbada, David também, e ele havia me beijado. E, porra, eu havia gostado daquilo. Algo na forma em que segurava a minha nuca ou que se abaixava para ficar do meu tamanho...
Havia algo meio chocante em tudo aquilo, pois de todas as coisas que pensei, nenhuma delas se encaixava em meu beijo combinar tanto com o dele. David De Gea além de ser um cara extremamente lindo, era melhor ainda na arte de beijar.

Sinto algo no meio de minhas pernas esquentar, e, quando as suas mãos começam a descer para a minha bunda, ele se dá conta de onde estamos e me larga, todo envergonhado. - Amber, eu.... -os seus lábios estão inchados e vermelhados e a barba por fazer meio manchada com o meu batom escuro me faz querer sorri daquela cena fofa.

- Você sabe que não precisa se desculpar, David. -deixo claro. - Eu queria isso tanto quanto você.

- Mesmo? -questiona, tímido.

Mas no minuto seguinte é impossível que eu o responda pois fomos cercados por um grupo de garotos. "Hey, De gea, tira uma foto comigo?" "Comigo também" "Você é muito foda, Dave."

Diversos adolescentes nos encaram com celulares e câmeras em mãos, David dá um meio sorriso e olha para mim como se quem estivesse pedindo por socorro, e eu sabia que era foda pois a partir do momento em que você aceita tirar a primeira foto, muitas outras pessoas passam também a querer. - Vou no toalet, e, quando voltar nós subimos pras cabines. -sussurro, beijando a sua bochecha e cambaleando pela multidão até um banheiro, torcendo para que não esteja muito lotado.

Quando o encontro, há pouco mais que três garotas retocando maquiagem na frente do enorme espelho. Vou de imediato na direção dos mictórios e sinto a satisfação atingir minha bexiga.
Retorno para o lado de fora, lavando as mãos e enxugando algumas partes borradas da minha maquiagem. Aproveito também para retocar o batom lembrando de como ele se foi poucos minutos atrás nos lábios carnudos de um dos homens mais quentes desse país gélido.

- Me empresta? -uma menina do meu lado pergunta e eu estendo o objeto labial para ela.

Quando deixo o banheiro, de certa forma me sinto... Plena. David era solteiro, e, era um bom rapaz. Teve lá sua fase galinha quando mais jovem, mas havia se tornado um bom homem, e, estava afim de mim. Eu estava afim dele também.

- Você é Amber? -um homem pergunta pra mim, balanço a cabeça em afirmação.

Me arrependo disso quando ele me puxa com força para um canto mais vazio. Os braços grossos não me dá qualquer chance de luta. - Me solta! -eu ordeno, chutando-o, mas ele não me dá a mínima. "Estou apenas cumprindo ordens, senhora" retruca para mim, antes de me empurrar com brutalidade para dentro de um lugar e fecha-la atrás de mim.

- Pra quem não gosta de futebol, você é bem maria-chuteira, não? Pois eu tive certeza que sim.

Aquela voz.
Aquela maldita voz carregada de sotaque me pega desprevenida e faz com que minhas pernas bambeiem. Isso não podia estar acontecendo.

- Antoine?

Viro, dando de cara com os olhos grandes e azuis.

STRIPPER [GRIEZMANN] ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora