v i n t e & t r ê s

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Griezmann


Tudo começa a fazer sentido de uma maneira bem clara em meus pensamentos. Amber não se tornou nesta maldita garota porque quis, ela precisou. O jeito prepotente de sua mãe, o irmão super famoso, um namorado traidor; Com toda esta pressão sobre ela... Ah, meu Deus! Como eu fui um babaca com alguém que só queria um pingo de atenção.
Eu a iludi, mesmo sem ama-la. Mesmo não me importando com os seus sentimentos. Quer dizer, eu me importo. Agora. Nem mesmo sei mais o que acontece em mim em relação a essa garota.
Cada minuto, cada descoberta, cada problema que ela enfrenta sozinha... Ninguém deveria culpa-la por se sentir no direito de mostrar para si mesma a sua capacitação. Uma semana e meia antes, conheci Amber como uma mulher madura, foda-se pra vida, pra homens, para opiniões a seu respeito. Eu a achava forte, mesmo quando a subestimava.

Agora, descobrindo sobre o seu passado, sobre os seus motivos, sobre o que lhe fizeram... Eu tenho que protegê-la!
Sinto-me na obrigação de cuidar dela como merece, mesmo que para isso eu tenha que ficar distante de seu corpo ou de seu toque. Pois eu sabia que ficar com Amber novamente me traria decepções. Tudo começava a se tornar perigoso pois eu não posso ama-la. Fernando estava certo quando me disse que ela seria um empecilho em meu caminho. À diferença foi que ele disse de um modo ruim. "Ela vai estragar tua carreira", quando na verdade Amber estava estragando o meu ego inflado.

Uma semana antes eu estava com o meu telefone apitando constantemente. Uma mulher para cada dia da semana, e, um novo nível de estresse. Eu sentia como se estivesse a ponto de ficar louco, mas, de repente tudo se reverteu e a minha escuridão começava a ser preenchida.
Estou gostando do cara que me tornei quando estou perto dela. Diferente das outras: ela sabia quem eu era, e não se importava. Não ligava para fotos ou notícias em blogs, então, eu não precisava fingir uma personalidade que não tinha para agrada-la, pois Amber havia conhecido os meus demônios e permaneceu comigo. Mesmo quando eu a magoei, e deixei que a magoassem e fui um idiota...

Estamos entrando num patamar em que nenhum de nós dois iremos conseguir controlar, e isso é o que me faz sentir medo. Medo por mim. Medo por ela. Medo pelo que o mundo vai falar sobre nós.

- Shh, belle! -murmuro, deslizando os dedos por seu cabelo escuro. - Por favor... -mas ela continua soluçando nos meus braços enquanto todos olham pra mim com esperança e me sinto impotente.

Eu quero odiar Amberly Herrera. Quero me afastar dela e pedir para que concretize o meu pedido em sumir de minha casa e minha vida, mas também quero ama-la e trata-la como toda mulher merece ser tratada. Como uma rainha.
Com a descoberta de que ela poderia ter sido esposa de ninguém menos que David de Gea. Ter tido a vida perfeita com qualquer um jogador do Manchester me traz a tona o significado que essa garota tem. Ela deixou isso claro quando gritou com a sua mãe. E... ainda tem esse Andreas. Algo me diz que ela ainda sente algo por esse moleque, e eu poderia socar sua cara se fosse possível.
Por ter tornado-a nisso.

Tudo seria tão diferente se Amber não fosse do jeito que é. Nós poderíamos dar certo. Eu a levaria num restaurante com velas, convidaria para dançar e a pediria para ser minha oficialmente. Teríamos um bebê perfeito com as bochechas rosadas e os olhos azulados, herança de nós dois. E...
Não. Não pode ser desse jeito porquê além de stripper, Amber é uma garota de programa, e, eu não conseguiria olhar para a minha mulher sabendo que homens de todos os tipos tocaram o seu corpo. Que na noite anterior eu quase matei um deles por tentar agarra-la contra sua vontade. Oh, merda. Me sinto um daqueles romances bregas de Stephenie Meyer.

- Eu vou levá-la para o meu quarto. Ela precisa dormir um pouco! -digo, abraçando o corpo atrativo à minha frente. Ela não me encara, mas eu sei que não irá protestar pois deseja tanto quanto eu sair daquele lugar.

"Ele é tão bom pra ela"

Escuto o comentário de seu pai à medida em que estamos próximos das escadas, e me sinto de certa forma péssimo com aquele comentário. Se esse pobre homem soubesse o drama que esta garota e eu estamos vivenciando. Se ele soubesse um terço de toda a realidade, nós nunca seríamos perdoados.

Mas eu não quero pensar nisso agora.

Empurro a porta do meu quarto e ainda abraçado a seu ombro, deito Amber na cama com gentileza. Ela não grita, não protesta e não rebate. O cabelo grudado em seu rosto, a respiração ofegante e os olhos fechados. - Amber... Eu...

- Não fale comigo!

Sou pego de surpresa com a sua resposta. Algo em mim se afeta com aquela frieza pois parte de meu corpo deseja que ela fale comigo. Mesmo que seja para me xingar ou dizer que sou um babaca. No fim, decido respeitar a sua decisão.









Quando o quarto é iluminado pela luz solar, abro os olhos com cuidado tentando adaptar a minha visão na forte luminosidade que adentra meu espaço.

Num gesto intuitivo, me viro para ver se Amber está melhor do que quando foi dormir. Chorou durante longos minutos na noite anterior, e, me senti um merda por saber que eu era o culpado por aquilo. Quando olho para o lado, sou pego de surpresa com o lugar completamente vazio.

Dou um pulo da cama e desço as escadas como nunca corri antes. Teria treinamento com o Atlético nas próximas horas, mas, foda-se toda essa merda.

Quando chego na sala, Théo está assistindo qualquer merda na tevê e olha pra mim como se eu estivesse louco. - Que foi? -questiona.

- Cadê ela?

- Amber? -ele ri. - Ela foi embora. Pra onde queria que fosse depois de tê-la expulsado daqui?

- Eu não... -Sim, eu havia mandado ela sair. Sou tão babaca. - Embora pra onde, Théo? Me diz logo, porra!

Começo a ficar nervoso e não sei em exato um motivo para que eu tenha me tornado nisto.

- Desculpe dizer isso, maninho. Acho que você perdeu a melhor garota que já teve. -replica, puxando a coberta de cima do corpo. - Amber voltou para a Inglaterra com a sua família.






STRIPPER [GRIEZMANN] ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora