v i n t e & d o i s

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{destaque para esse anjo falando palavrão}-•-

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{destaque para esse anjo falando palavrão}
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    Seus olhos brilham em algo incomum. Decepção? Rancor? Divertimento?

—Você disse que queria largar isso, você disse que não se vendia, você... Quando Torres insinuou... Eu a defendi! Porra, eu a defendi, Amber. Eu acreditei em você, acreditei que poderíamos ter algo, que podíamos ser algo.

— Não achei que fosse do tipo que se apaixonasse rápido — Debocho, dando tudo de mim ao interpretar aquele personagem. Por que tinha que doer tanto?

A sensação dolorosa me preenchia dos pés a cabeça.

Não devia doer como está doendo, mas dói, porra.

É necessário uma crise de tosse para notar que Megan está parada na porta olhando para tudo aquilo com descrença.

Um aceno é suficiente para mostrar que contesta minha atitude. Mas ela não entenderia. Nenhum deles jamais entenderiam o que estou sentindo por Antoine em tão pouco tempo, tampouco seriam capazes de compreender que se tomo tal atitude, é pensando exclusivamente nele.

Antoine não deve se apaixonar por mim.

É um astro, uma figura pública, um starboy, mas totalmente carente. De amizades, amor, sossego. Conhecer alguém como eu, com traumas e demônios, com um espírito livre, o fez crer em algo real em um mundinho de mentiras.

Mas o que ele não entendia é que meu mundo era tão mentiroso quanto o seu, e que minha carreira era como uma bomba relógio; perigosa, prestes a explodir e causar um holocausto à todos em minha volta.

Acabar com algo que sequer começou seria fácil. Para ele e para mim.

Antoine está concorrendo ao prêmio mais importante do futebol ao lado de Cris e Lionel Messi. Um pequeno francês no meio dos dois melhores jogadores do século. A mídia está praticamente sobre ele, seus passos, sua vida, e, consequentemente ficaria sobre mim. Ele me escolher, no meio de tantas, é quase como suicídio social.

— Você precisa ir — Aponto para a porta. Megan desapareceu.

Seguro o choro como se minha vida dependesse disso. Se por um segundo mostrar que me importo, que tudo é mentira, ele não me deixará partir.

E eu preciso ir.

Preciso mesmo ir embora.

— E sua família? —murmura.

— O que tem eles? —levanto o olhar.

Sua expressão é firme, impassível. Soa como algo inabalável.

— Eles tem de ir embora da minha casa!

Ah, merda. Meus pais estão lá, é verdade!

— O vôo deles é amanhã — sequer consigo respirar — Amanhã cedo.

STRIPPER [GRIEZMANN] ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora