STRIPPER [GRIEZMANN] ✨

q u a r e n t a & n o v e

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Perdida dentre sensações inoportunas com aquelas palavras, eu me afasto. - Eu... Não posso dizer o mesmo por você. -estou desesperada.

Nós não tínhamos mais chances.

Por mais que eu o amasse com toda a minha vida, eu já não era mais capaz de aguentar tamanha angústia de um relacionamento assim.
Eu sempre tive a certeza de que Antoine me amava incondicionalmente; Disso eu não tinha duvidas. Mas, juntos, éramos como fogo e gasolina. Letais demais para que pudéssemos ficar intactos quando unidos.

Um minuto sequer e tudo que construímos poderia ser engolido por uma chama caótica de destruição.

Eu sabia disso, e ele também.

Mas diferente de mim, ele não aceitou isso com o tempo. Continuou a nutrir expectativas e planos que sabíamos que nunca iriam dar certo. Agora ele está olhando para mim completamente atônito e eu me sinto incapaz. Sinta pena de mim. Sua expressão está gritando isso para mim. Eu quero sentir, mas não posso.

Desvio o olhar de seu rosto e fito Koke que está distraído paciente e confortável com Mia no seu colo, pego daquela deixa a oportunidade para correr para o quarto e me isolar diante de tamanho caos.

Afundo o rosto no travesseiro e choro baixinho.

Coloco para fora tudo que posso na tentativa falha de voltar para a sala com uma notória expressão de que estou passívelmente bem. Quando passa mais o menos uns dez minutos, eu me recomponho.

Meus seios estão vazando pequenas secreções de leite, e isso significa que Mimi precisa de mim.

Fingindo melhora, passo as costas das mãos no rosto e arrasto as manchas de lágrimas afim de limpar os vestígios. Encaro-me no espelho e deslizo os dedos pelo cabelo levemente bagunçado.

Volto para a sala e sou pega de surpresa com um espaço completamente vazio exceto por duas figuras caucasianos deitadas no sofá.

- Frère Jacques, Frère Jacques.. Dormez-vous? Dormez-vous? -ele cantarola bem baixinho, deitado de lado, com a cabeça apoiada sobre o braço direito - Sonnez les matines, sonnez les matines. Ding, ding, dong.

Mia está encarando-o encantada.

- Você gostou dessa, meu bem? Sua vovó costumava cantar para mim toda vez que o papai tinha dificuldade para dormir -sussurra para ela, sorrindo sozinho - Parece que não vai dar certo com você, pois ainda está acordadíssima.

Ela dá um grunhido e ele está embasbacado.

- Céus... Eu te amo tanto! -balbucia - Você ainda não entende, e não posso prometer estar presente em todos os momentos de sua vida, mas prometo ser o melhor que eu puder para te ver feliz.