(aesthetic fictício amber & andreas)
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Durante toda a minha vida, eu acreditava já ter conhecido o significado da palavra "felicidade". Vivi durante muitos anos, e os anos que passei num relacionamento "supostamente" perfeito, pensava que era o bastante. Estar com Andreas dois anos antes me fazia acreditar que eu estava feliz. Que eu era feliz.
Mas, foi apenas quando aquela listrinha avermelhada apareceu, forte, sozinha e reluzente, sem qualquer sinal de companhia do seu lado, que, eu verdadeiramente soube o significado da palavra. Negativo.Subo a minha calcinha pelas pernas, cambaleando enquanto lavo as mãos e saio para fora do banheiro.
Comprimo uma risada com a paz que atinge o meu subconsciente quando eu corro para fora do daquela farmácia com o teste escondido no bolso e encontro Andreas me fitando confuso.
- Conseguiu comprar os seus remédios? -questiona o jogador, com o seu sotaque puxado. Balanço a cabeça, afirmativa.
- Graças a Deus!
- Conseguiu convencer um farmacêutico a vender anti-depressivos sem uma receita, e sem qualquer ajuda de um ex que joga no Manchester -murmura, risonho. - Estou orgulhoso da minha garota!
Vinte minutos atrás eu havia mentido e implorado carona à Andreas para me levar numa farmácia pra mim tentar comprar calmantes, -alegando que estava com problemas com sono e não podia dizer para mamãe- pois ela iria fazer todo um alarde por nada. E conhecendo-a, ele entendeu.
"Vocês? Juntos? Oh, claro!" disse a minha mãe quando Andreas lhe contou que iria me levar para jantar.
Estava evidente em sua voz o quanto aquele fato a deixava em euforia. Ela nunca iria mudar. Me sentia como numa daquelas épocas medievais em que filhas mulheres serviam apenas para um bom casamento e nada mais. Mamãe era como um daqueles reis carrancudos, e vendo que com Antoine não havia dado certo, me empurrava a qualquer custo para David ou Andreas.Seria cômico se não fosse hilário.
Brevemente nos guiamos para cá, mas penso que se talvez por algum momento passasse na cabeça de Andreas que o verdadeiro motivo de minha urgência em ir a farmácia fosse um teste de gravidez e não um calmante, ele ao menos olharia para minha cara algum dia.
Com o término da faculdade, implorava constantemente para que nos casassemos e tivéssemos um filho, eu brevemente negava, e hoje fico feliz por isso quando olho para trás e vejo o quão traída era. Ainda assim, eu me sentia em dívida de certa forma, pois precisava de um aliado, e Andreas era o ideal, porém já estava chateado o suficiente comigo com a história de David; só que tinha de ser ele pois era o único que podia me ajudar sem querer entrar comigo como uma escolta particular por dentro da farmácia.
Se tem algo que aprendi em nosso relacionamento, era o fato de Andreas não ter a menor paciência para compras. Ficava puta no passado, mas, agora, quando sento no seu carro tendo a certeza de que não vou ter um filho cometido por uma imprudência com Griezmann, posso respirar aliviada por ele ser desse jeito.- Obrigada, Andy. -digo conforme ele guia o carro para fora do acostamento. Posso sentir a adrenalina tomar o nosso ar quando ele dá um meio sorriso ao escutar a pronúncia de seu apelido favorito saindo de meus lábios. Droga, Amberly.
O silêncio se faz presente por quase cinco minutos no carro antes dele parar o veículo numa reserva de lanchonete. Não qualquer lanchonete, mas, a minha preferida. - O quê é isso? -pergunto receosa. Aquele também havia sido o local onde nos conhecemos, e, eu devia saber que ele iria jogar com o lado sentimental, já que não conseguira pelo físico.
- Não podemos ao menos comer algo? -levanta a sombrancelha, sugestivo. - Eu... Eu fui um merda com você por muito tempo, Amberly, e aceito que você não me queira de volta. Eu só... Só quero que saiba que você foi especial na minha vida. Não quero voltar para a Espanha com o peso na consciência de que eu poderia ter me desculpado mas não fiz.
Pisco, comovida. - Tudo bem, Andreas.
Tiro os cintos e saio do carro com certa relutância. Para minha surpresa, diferente de meu quarto, Andreas respeita o meu afastamento e segue do meu lado sem tentar qualquer gracinha para segurar a minha mão ou forçar um namoro que não existe. Somos apenas dois velhos amigos que se reencontram e vão jantar juntos. Apenas isso.
Nos acomodamos numa mesa nos fundos do lugar e uma garota de cabelos ruivos vem nos recepcionar com os cardápios em mãos: - Boa noite, e sejam bem vindos. Sou Ariel, e, vocês podem chamar por mim para qualquer coisa que precisarem. -diz, friccionando um olhar sedento na boca e covinhas do homem de beleza atrativa sentado a nossa frente. O maldito era lindo.
Ele capta o meu olhar e deixa de dar importância para a garota. "Obrigado!" retruca para ela, olhando fixamente para mim. - Você ainda gosta de cheeseburguer com fritas? -assinto.
- Você ainda pergunta? -digo- Eu nunca vou deixar essa parte da minha vida pra trás!
- É só, que, as mulheres estão... Eu pensei que você tivesse se tornado numa dessas minas fascinadas por aparência que se mantém longe das frituras.
Mordo o lábio.
- Eu não sou como as mulheres que você pega por aí, Andreas. Acho que deveria saber disso.
- Amber, eu... Eu já te pedi desculpas por aquilo. -sussurra, constrangido. - Você... O problema nunca foi você. Eu, bem, eu estava no princípio da minha carreira e tudo aquilo foi tão atrativo pra mim que eu não pensei...
- É, você não pensou no quanto ia me machucar. Sim, eu sei. Não precisa explicar. -replico, entristecida. No fundo sempre iria existir a mágoa, e era ela que contornava o sentimento que existiu um dia. - Há males que vêm para o bem, não?
Prodijo o ditado, sabendo que no meu caso aquele ditado não funcionava. Nunca funcionou. O término com Andreas me levou para a Espanha, e, foi lá onde... Eu compliquei a minha vida. Foi lá onde virei stripper, e, conheci Griezmann. Foi pela traição de Andreas, que, eu fui para a Espanha, virei stripper, conheci Antoine e quase fiz a merda de engravidar dele. Parabéns, Andreas.
Maioria dos ditados na grande parte das vezes são superestimados. Esse eu tinha certeza.
A ruiva de voz irritante retorna, quase esfregando os peitos na cara dele, e, encaro fixamente o pote de catchup para não ter de encarar Andreas. - Dois cheeseburguers com fritas em dobro, uma coca diet e um milkshake de baunilha com ovo-maltine. E.. Ah, você pode pedir ao cozinheiro para que amassem um dos sanduíches na chapa, tipo para que fique com aquelas crostinhas coradas, sabe?
- Sim, senhor.
Deixo o vidro com o líquido vermelho de lado e olho para seu rosto quando a garota nos deixa sozinhos mais uma vez. - Então você ainda lembra do meu pedido aquela noite!?
- Eu nunca me esqueci de você, Amber.
Reviro os olhos, fingindo que não me afeto com aquele comentário quando no fundo eu estava nervosa. Andreas havia sido o amor da minha vida, apesar de filho da puta. Mas havia David, e, eu tinha de tentar com ele pois era um cara incrível. E também, acima de tudo aquilo havia os pensamentos traidores que me deixavam em óbvio que eu tinha algo não-resolvido com Antoine.
Naquele momento, a minha única e maior certeza era de que eu estava a ponto de ficar louca.
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STRIPPER [GRIEZMANN] ✨
FanfictionAlgumas pessoas foram feitas para serem amadas, outras apenas para ficarem nuas. +18.