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Respiro fundo, tentando acalmar as batidas agitadas de meu coração quando pego a mala apoiada no chão e sigo em direção a saída do desembarque internacional.
Depois de travar uma guerra com meus familiares sobre vir, eu me sentia empolgada.
O ar úmido de Madrid bate contra os meus cabelos e me traz de volta a dura realidade de um mês atrás. Quando fui embora aos plantos por causa de Antoine. Por não aceitar o que sentia por ele.
O engraçado em toda esta situação, é que hoje retorno pelo mesmo motivo. Por sentir demais. Por descobrir que o que eu sinto por ele é tão forte e arrebatador que tornou-se num minúsculo sentimento com vida que cresce dentro de mim.Uma semana antes, quando o médico disse que eu estava esperando um filho, foi como um choque. Passei noites em claro pensando em como eu iria dizer isso a ele e em como ele iria reagir. Pensei em ligar, em transformar todo o melodrama numa ligação. Mas, eu o conheço.
Conheço ele o suficiente bem para saber que iria até a Inglaterra. É um filho. Eu nem mesmo posso acreditar que terei um filho com aquele rapaz libidinoso de cabelos dourados e olhos cor do mar.Foi um trabalho duro ter de convencer o meu pai.
"Você não pode dizer a eles" imploro para o meu pai, quando ele faz menção a contar da gravidez para mamãe e Ander. "Não agora. Por favor!"
"Eu não entendo"
"Esse bebê...Antoine é o pai dele! Você sabe como a mamãe faz tudo por mídia, pai. E... tem o Ander que odeia Antoine e você sabe no que isso vai dar. Eu não posso..." murmuro, incompreendida. "Dois dias atrás, Antoine me propôs voltar com ele para a Espanha. Para tentarmos uma vida juntos. Ele... Ele não faz ideia sobre isso -de gravidez- E eu não quero que ele saiba por ninguém além de mim. Eu quero tentar e não quero que ninguém saiba até que tudo dê certo. Então... por favor, papai, faça isso por mim! Por favor"
Ele suspira. "O quê eu não faço por você, minha garotinha?" balança a cabeça e me abraça apertado. "Certo. Eu não vou dizer a ninguém desde que você prometa que nunca mais me deixará de fora da sua vida. Eu quero participar de cada passo de meu primeiro neto, entendeu?"
"Sim! Eu prometo!".
Depois de dez minutos numa fila paralela, chega a minha vez de entrar num dos concorridos táxis a beira do aeroporto.
Relutante, digo a ele o endereço de Antoine.
No meio do caminho pergunto a hora; nossa conversa se estende apenas nessa pequena questão. Ele me diz que são quase oito da noite e fito o céu escuro, coberto por nuvens opacas em meio a escuridão aveludada. O que vou dizer a ele? Questiono-me de repente.
As lojas e pessoas que caminham na avenida vão sendo deixadas para trás como borrões e substituídas por edifícios e lugares luxuosos a medida em que o táxi vai se aproximando do condomínio.
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STRIPPER [GRIEZMANN] ✨
FanfictionAlgumas pessoas foram feitas para serem amadas, outras apenas para ficarem nuas. +18.