STRIPPER [GRIEZMANN] ✨

q u a r e n t a

{foto citada por amberly no fim do capítulo - théo & antoine griezmann}

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AMBER

Apoio as mãos contra a parede verde controlando a minha respiração. Aquilo não era possível.
Em meio ao meu desespero, o meu peito bate descontroladamente por baixo da camiseta.

Quando me sinto mais calma, coloco metade de minha cabeça para o lado de fora da parede do corredor e sou pega no ato. Enormes olhos verdes arregalados me acham e agora ele está pisando firme em minha direção.

Eu escondo as mãos atrás das costas, agitada.

- Oi. -digo para ele, sem graça.

- Por quê você está aqui? -ele pergunta, reto e direto. - Antoine não está aqui. Ele provavelmente está em algum lugar por aí feito um sociopata atrás de você, e a Érika...

- O quê tem ela?

Mesmo sabendo que não deveria me importar, me sinto curiosa. Aquela era ninguém menos do que a mulher responsável por tirar de mim o único sentimento bom que já tive. Eu não sabia se a odiava ou se me sentia grata.

- Depois que você saiu, Antoine surtou. Você sabe que ele é louco por você, né? -fecho os olhos. Eu não queria saber aquilo. Não queria mais nada relacionado a ele. - E eu queria mesmo que vocês ficassem juntos, porque gosto de você. Ele queria ir atrás de você, ela repudiou e ele ficou louco, ai teve o estresse... e ela entrou em princípio de aborto.

- Meu Deus!

Ponho a mal sobre a boca para conter o meu choque e sinto-me culpada. Eu odiava Antoine e queria me despedaçar pela forma fria com a qual ele quebrou o meu coração, mas aquele bebezinho... Ele não tinha culpa de nada. Nós somos imprudentes, não ele.

- Hey Amber -Ele me desperta, segurando a minha mão com gentileza. - O quê aconteceu com você?

Dou-me conta do motivo de sua pergunta.

Eu fiquei tão agitada com a notícia sobre Erika que acabei por esquecer de esconder a minha mão onde tinha um cateter preso em minha veia.

Aquele momento com Antoine, às lágrimas, o desespero, eu também havia me sentido fodida. Fui até o apartamento e peguei tudo que a mala conseguia suportar.
Em meio a pressões contra a barriga,
Um senhor que passava me trouxe as pressas para o hospital quando me viu sentindo dores fortes na calçada de uma rua e eu falei que estava grávida. Foi desesperador pra mim pensar na hipótese de perder o meu filho quando eu já não tinha mais nada. Foi horrível ter tal sensação.

- Eu estou bem!

Minto. Na cara dura.

O meu bebê estava bem. Ele estava ótimo. Mas, eu não. Eu estava desolada. O meu coração estava partido e as minhas entranhas doíam. Às lágrimas salpicavam nos cantos de meus olhos e olhar para Theo Griezmann e a sua grande semelhança com Antoine me faziam sentir dor. Muita dor.