STRIPPER [GRIEZMANN] ✨

q u a r e n t a & t r ê s

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- Vai ficar tudo bem, linda -Théo sussurra contra o meu ouvido tentando me manter calma. Está longe de estar bem. -Amber, respire... Isso... -Estou cravando todas as unhas em sua mão pálida, de modo que sei que vai machucar.
Dói em mim também. Dói muito.
- Respire e faz força... Você consegue!

Não.

Eu. Não. Consigo.

- NÓS ESTAMOS QUASE LÁ -O médico grita e eu quero xinga-lo. Dói muito. Está doendo como nunca doeu antes. - FAÇA FORÇA, AMBERLY!

Não dá. Eu não aguento mais.

- MEU DEUS!

Finco os meus dentes contra o lábio inferior. Deus. Está doendo muito. Eu não consigo. - ARRH!

Aperto os olhos e finco ainda mais na mão de Théo. Ele não merece aquilo, mas dói tanto. E eu só tenho ele. Eu só tenho Théo. Eu estou sozinha. Só tenho Théo. - Você consegue, Amber -Ele grita contra mim. Eu estou sozinha. Estou morrendo e sozinha no mundo. Meu. Deus.

Não dá. Eu não consigo.

Dói.

Dói muito.

- Vamos, querida! Estamos quase lá! -implora uma das enfermeiras me lançando um olhar gentil e eu me sufoco naquela dor horrível. É tão intensa e forte e fugaz e...

Um.
Dois.
Três.

Conto os segundos de dor e ponho o máximo de esforço que posso diante daquele momento pavoroso. Me sinto desgastada, fraca, destruída.

- FORCE AMBERLY -Ordena o médico.

Eu forço.

Forço muito.

Sinto como se estivesse a ponto de morrer. A dor era como se pegassem uma faca afiada e rasgassem um buraco em minha pele a puro sangue frio.
Dói, arde, machuca.

Faço mais força.

- Você consegue, amor -Théo afirma.

Pressionam a faca em minha pele e a rodopiam e rasgam mais e o meu sangue escorre sem cessar.

Dor. Muita dor.

Força. Fazer mais força.

Gemo em meio a toda aquela dor do caralho e sinto de repente como se todos os sons ao meu redor fossem ficando mais baixo.

Procuro por Théo. Preciso de ajuda. Preciso de Théo. Minha visão está turvando e tudo ao meu redor está desaparecendo aos poucos.

- Théo...

Grito.

Ele não responde.

Dormir. Preciso dormir.