...We're those two dreadful children; our parents can't control us.Between us we're so dreadful no reform school will enroll us.
We're those two dreadful children; so watch out for her and me.We'll put thumbtacks in your slippers; powdered glass into your tea..."
(Those Two Dreadfull Children, DeVille, Cruella).
- Elias, acorde! Está na hora!
- Ahh, mamãe...
- Eu não sou sua mãe. Acorde!
- Huum?
- Acho que sua tia já dormiu, está tudo escuro e em silêncio.
Elias ergueu a cabeça e percebeu a silhueta pequena de Anabel ao lado da cama.
- Ainda é noite.
- E dai? Eu já disse que não temos tempo a perder! – a menina apoiou as duas mãos em Elias e sacudiu-o. Ele esfregou os olhos e olhou para Ana de alto a baixo, já conseguindo distingui-la do resto das sombras do quarto.
- O que você quer?
- Saber como nós vamos fazer para achar a garota. O nome dela é Eva!
- Eva. E o que você quer fazer? Eu já disse que é melhor falar com seu avô!
Ana parecia surda.
- Lembro que Eva estava numa viagem à Índia. Numa cidade chamada...
- Chamada?
- Ela viu alguém, alguém que eu não consigo lembrar dos traços. Um homem! – Gritou Ana.
- Sim, todo mundo já viu alguém!
- Elias, isso não vai me ajudar.
- Calma. Ela viu um homem... Cair?
- Não.
- Beber algo?
Anabel suspirou.
- A única coisa que sei é que a cada vez que tento lembrar, sinto uma sensação de estar num lugar gelado, com uma companhia bastante desagradável. Como pode ser? Não acredito que fui esquecer o sonho! Não é possível! Quando acordei, sabia que era algo especial, eu sei perfeitamente!
- Eu também sei. Mas podemos voltar a dormir agora?
- Elias, você ficou maluco?! Numa hora quer fazer as coisas, na outra muda de ideia. Eu não te entendo! Vou descobrir tudo sozinha. Pronto.
- O que faremos, se você mal consegue lembrar o que houve? – Elias não podia enxergar o rosto da pequena no escuro, mas imaginava a cara que ela fazia.
- Não sei, mas tenho que tentar. Já sabemos o nome dela e onde mora, que é na Inglaterra.
- Inglaterra? Reino Unido? UK???
- Sim.
- Mais um motivo para eu voltar a dormir. Lugar que faz frio não me agrada.
- Essa parte nem eu mesma entendo. Acho que alguma coisa me fez esquecer o sonho.
- Os caranguejos assassinos?
- Não, aquele espectro maldito jogou algo em mim, o pó. Mas sempre que eu tento lembrar do sonho, não consigo por inteiro. Era de cor rosa. Isso lhe diz algo?
- Já falamos sobre isso. Bom, se for algo incomum, o mesmo pó que conheço, você tem razão. Este é usado como tratamento de problemas específicos aqui em Eivar, problemas de maluco. É o único pó rosado de uso restrito que eu conheço. Foi o mesmo pó que ele jogou na Teles e na gorda engraçada, então, talvez não seja nada do que eu tenha pensado antes.
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O Sagitário De Samech
FantasyEnquanto monstros antigos são evocados, espectros malignos fogem, bruxas cruéis surgem e magos poderosos tentam se esconder, Anabel está apenas se preparando para o Natal, e suas maiores preocupações são: o que irá comer na ceia, e qual desculpa usa...