37 - A carta do mago

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- Ora Alex, não estamos mais em Eivar.

Ao ver que Cedro movimentou-se, com o objetivo de Pará-lo, Alex lançou uma chuva de raios de advertência. Por fim, atingiu-o na perna, pensando ter êxito. Mas qual não foi a sua surpresa quando Cedro não demonstrou nenhuma reação a um raio de zae que paralisaria qualquer outro homem.

- Alex, vejo que não está pronto para me ouvir – disse cedro, fazendo um movimento giratório com o indicador e arrancando o zae das mãos do avô de Ana. – Apesar de ver como sua técnica de manipulação do zae é magnífica. Algum dia poderei melhorá-la.

Nesse momento o portal voltou a se abrir, e o rapazinho caminhou calmamente.

- Não será tão fácil, Mago Presente!

Alex tinha algo num dos bolsos do sobretudo algo que seu oponente não esperava: esferas incandescentes. Ele retirou uma esfera e atirou no mago, que se esquivou; depois jogou outra e o outro se abaixou rapidamente. Por fim Alex jogou sua terceira e última esfera, à qual Cedro, ou Alef, com outro movimento de dedo parou no ar, antes desta o atingir, e transformou numa bolota de gelo que espatifou-se ao cair no chão.

- Alef, vamos logo! – gritou Amanda, cuja única parte visível de fora do túnel era a cabeça. Nesse momento, algo percorreu o corpo de Alex, dos pés à cabeça e ele não pôde mais controlar seus próprios movimentos. Assistiu impotente a partida daquele jovem, de aparência tão inofensiva.

- Alex! Entendeu o meu recado. Sei que esteve aqui antes, mas não era a hora – foram as últimas palavras do mago, antes de desaparecer para sempre.

Cedro e as crianças entraram no túnel de luz e a bolha verde diminuiu de espessura até desaparecer por completo, enquanto Alex tentava, mas não conseguia mexer um único músculo. No instante seguinte tudo voltou ao total silêncio e ele caiu no chão. O homem viu algo se materializar ao seu lado, algo deixado de propósito mais uma vez, por Cedro. Pegou o objeto, descobrindo que era uma espécie de pergaminho negro.

Nesse instante, ouviu-se um barulho terrível, como se a casa fosse desabar. Eram Laura e Leila, armadas com esferas incandescentes e também tacos de baseball.

- O que significa isso? – perguntou o homem assustado.

- De nada, amor – respondeu Laura. – tudo bem com você, ou está deitado no chão por que gosta do assoalho sujo e frio?

- Não conseguí impedi-lo. Ele se foi. Havia um portal ou sei lá o quê era aquilo. Realmente possui poderes, pois ainda arrancou o zae da minha mão sem nem me tocar. Ele deixou essa coisa.

- E como sabe que é seu, tem seu nome nele? – perguntou a mulher desconfiada.

- Tem!

- Então, vamos embora – disse Laura, avistando o zae, que estava perto dela. Pegou-o, meio temerosa, observando as paredes em volta. - Você já fez loucuras demais por hoje, não é mesmo?

- Vamos – disse Alex, levantando. – Mas quero saber o que tem escrito aqui!

- Se acha que é seguro, seja rápido. Não vou deixar que leve isso para minha casa!

Alex desenrolou apressadamente o estranho pergaminho, e as letras apareceram. Eram letras luminosas, como pequenas brasas e o homem pôde ver algo que só conhecia por seus livros de lenda. Uma carta secreta, proveniente de um mago secreto:

O Sagitário De SamechOnde histórias criam vida. Descubra agora