- Como é que estamos indo, senhores? – dizia Liam, nervoso. – Quando poderemos sair e virar esta cidade de ponta cabeça até que ele apareça?
- No momento não podemos fazer nada, não até que voltem, mas estamos bem prefeito, já temos vestígios de um pequeno deslocamento de calor. - disse Orejas, auxiliado por Erasmus. - Monitoramos todo o fluxo de viagens de pórticos em Eivar. É importante, Liam, que seja proibido o fluxo de pórticos que venham sair nas próximas horas. Isto facilitará e muito nosso trabalho, uma vez que precisamos cobrir uma área de extensão muito grande. Pórticos na China? Isso é inacreditável!
- Já decretei isso. Achei mais seguro. Enquanto a Laura e Thiar?
- Nada. Segundo informações dos computadores ainda estão lá. Vamos aguardar. É uma crise. Temos que ter paciência e torcer.
- Senhores, o que acham de uma pausa? – disse Liam. - Já passamos todo o dia de hoje atrás destas informações...
- Mas não tivemos sucesso – lamentou Orejas. – Eu vou continuar, se não se importa. Tenho muito trabalho pela frente.
O relógio de Erasmus marcava exatamente 08h55min, mesmo horário que o grande relógio de madeira que ficava na parede. Como de costume, ele foi até sua janela preferida, a que tinha a melhor vista para os campos. Os vagalumes eram responsáveis por espetáculos à parte, mas naquela noite em especial não estavam ali. Erasmus acendeu um cigarro e pôs-se a refletir, tentando achar uma ligação aceitável sobre os fatos das últimas horas.
- É uma bela noite? – Perguntou Emerson.
- Não muito, mas se fosse não faria diferença. Alex não deixou pistas de seu paradeiro, e agora não está entre nós, nem Laura, nem Mud. Não estou diminuindo os demais, é claro, mas estar aqui numa situação destas é complicado. Sinto-me de pés e mãos atadas, sinceramente!
- Entendo perfeitamente, amigo. Todos compartilham do mesmo sentimento agora, no geral, mas temos que acreditar que tudo não passou de um acesso, uma confusão e um desequilíbrio. Francamente, a Leila é cunhada dele! Que eu saiba, Alex nunca teve problemas com a mulher, quanto mais com a cunhada. Até parece que não era ela.
- Concordo.
- Aquele é o Peter? – perguntou o homem.
- Sim – respondeu Erasmus, notando sua pequena silhueta. Peter estava estranho, pois vinha correndo a toda velocidade, quase não se viam suas pequeninas pernas. Erasmus ficou imaginando o que poderia ser, já que o pequeno homem mal mantinha o fôlego quando entrou correndo no salão, branco de medo. Com certeza não era algo bom, já que um sujeito como Peter raramente ficava daquele jeito...
- Oh não! Estamos em perigo!
Erasmus não entendia o que o ofegante homem queria dizer, ele gaguejava e tremia. Sua feição era pálida como alguém que acabou de ver uma aparição sobrenatural.
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O Sagitário De Samech
FantasyEnquanto monstros antigos são evocados, espectros malignos fogem, bruxas cruéis surgem e magos poderosos tentam se esconder, Anabel está apenas se preparando para o Natal, e suas maiores preocupações são: o que irá comer na ceia, e qual desculpa usa...