Capítulo 49

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— Já são mais de 15h, será que ele não vai entrar em contato? — questiono ansiosa. Mayla veio até minha casa para que, segundo ela, eu não bote tudo a perder.

— Calma, amiga. Ele deve ser um homem ocupado, você tem que ter paci... — meu celular toca e Mayla é interrompida.

— Deve ser ele. — digo com enorme sorriso no rosto e vou atender.

—Alô?
...
— Não... Não, por quê ?
...
— O que? Como assim não apareceu?
...
— Tudo bem, passo aí agora, beijos. — desligo a chamada.

— Nossa, o que aconteceu? — Mayla pergunta preocupada.

— Não vai acreditar, Jonas não aparece em casa desde ontem de manhã, estou indo para casa dele para ver o que posso fazer. — digo pegando a bolsa e saindo.

— Então, eu também já estou indo. Me avise qualquer notícia!

— Acho melhor você ficar aqui, pois para qualquer emergência, te localizo rápido.

— Tem razão! Então, vai, amiga! Fico no aguardo! — assente.

Tomo um uber e corro para a casa de Jonas. Tento ligar no caminho, mesmo sabendo que seus familiares já devem ter feito isso milhares de vezes e a ligação vai direto para caixa postal. Começo a bombardear os amigos dele de mensagens, mas todos resolveram sumir nesse momento. Ao chegar em sua casa, dona Estela, mãe de Jonas, parece aflita e eu a abraço.

— Eu pensei que ele estivesse com você. Ele sempre sai assim, mas nunca passou tanto tempo fora. — diz Estela quase chorando.

— Calma, tudo vai se resolver, ele sabe se proteger, fique tranquila. Vou tentar alguns contatos. — digo tentando acalma-la, quando na verdade já havia tentado todos.

— Farei isso também! — ela pega um telefone e começa a fazer ligações.

Finjo fazer o mesmo, mas já havia feito o que estava ao meu alcance. Já se aproximavam das 17h quando recebi a mensagem de um de seus amigos, o Flávio, que respondia a minha pergunta.

Ah, o Jonas está bem. Ontem fomos para a casa da Rachell, tava tendo uma comemoração e ficamos de boa, bebendo com os amigos, rsrs... E a noite chegou tão rápido que nem nos demos conta, dai fomos todos pra balada até amanhecer. Eu acho que ele ta na casa da Rachell, não tenho certeza. Não lembro de quase nada.

Só pode estar de sacanagem, né? Eu e a mãe morrendo de preocupação e esse irresponsável curtindo com a nossa cara. Apenas leio a mensagem e vou acalmar outra vez dona Estela.

— Senhora, recebi uma mensagem de um dos amigos de Jonas que garante que ele está bem. Tem uma possível localização, vamos até lá? — pergunto e sem pensar ela aceita.

Rapidamente, Estela apanhou sua bolsa e fomos em seu carro. Dei-lhe o endereço e chegamos em frente a uma casa, que era na verdade uma mansão muito linda. Descemos do carro e toco a campainha. Uma mulher, provavelmente uma assistente do lar, atende a porta e pergunta:

— Pois não?

— Boa tarde, eu gostaria de saber se a Rachell mora aqui. — pergunto com uma calma que tirei não se sabe de onde.

— Sim, quem deseja? — pergunta.

— Ah, perdão! Sou Jhulyane Marinho, sua colega de faculdade. Na verdade, estou procurando um amigo e da última vez me disseram que ele estava aqui.

— Com licença, irei consultar a senhorita Rachell, mas peço que entrem, por favor.

Entramos e realmente é uma beleza de casa. Nos acomodamos no sofá, Estela já não aguentava mais, quando a sonsa aparece descendo a escada.

Meu querido professorOnde histórias criam vida. Descubra agora