Sim, era uma linda manhã de sol quando eu me encontrava sentada a beira da cama, nervosa, respirando fundo.
— Calma, amor! Se você não estiver pronta, podemos adiar mais um pouco. — disse Rodrigo.
— Já adiamos muito, não acha? É hora de encarar isso.
— Você sabe que só quero o seu bem, por isso propus, mas você tem toda razão. — me abraça e me da um beijo na testa. — Vai dar tudo certo! Já deu!
Nos aprontamos e, finalmente, pegamos o caminho da minha antiga casa. Fiquei imaginado qual seria a reação dos meus pais, mas ao mesmo tempo, estava certa de que independente da opinião deles, eu iria ficar com Rodrigo e isso estava fora de discussão. Já dentro do nosso velho salvador da pátria, ou simplesmente uber, percebo que Rodrigo também está muito tenso, então tento puxar alguma conversa fiada para amenizar o clima. Falando em clima...
— Nossa, como está quente! — digo.
— Você acha? Posso pedir para o motorista ligar o ar.
— Não, não precisa, amor, mas realmente não me recordava de como fazia sol nessa cidade. — digo me abanando.
Durante o percurso, fui brincando com Rodrigo, mas, bem no fundo, eu estava muito receosa sobre o que poderia acontecer, eis que finalmente chegamos. Ao olhar para a casa, me sinto tão adulta por estar aqui de uma forma totalmente diferente das quais eu vivi meses anteriores. Se antes saia uma menina para fazer coisas de adolescente, agora entraria uma noiva. Ao recobrar consciência do motivo que me fez vir até aqui, toco a campainha e sem muita demora a porta abre.
— Minha filha! — é minha mãe. Não aguento de saudades e dou um abraço muito apertado. — Sandro, venha ver! É nossa filha.
Meu pai vem correndo e me abraça. Vejo lágrimas nos seus olhos e acabo repetindo o gesto. Ultimamente tenho estado muito emotiva.
— Como estão? Cadê a Elô? Eu senti tanta saudade. — vou metralhando as palavras de uma vez só.
— Estamos bem, minha querida, e Eloise está no balé, acredita? Por que não avisou que vinha? Eu e seu pai iríamos te buscar.
Saio do êxtase por me lembrar mais uma vez o motivo da minha visita.
— Mãe, pai... — percebo que eles mudam o semblante e isso é pelo fato de Rodrigo surgir atrás de mim.
— Jhulyane, o que esse homem está fazendo aqui? — meu pai usa uma voz grossa ao perguntar.
— É exatamente sobre isso que eu vim falar, podemos entrar? — pergunto.
Sem resposta de ambos, seguro a mão de Rodrigo e entramos. Minha mãe olhava desnorteada, parecendo tentar achar palavras, sei que esse momento gerou o maior constrangimento de toda sua vida, mas a responsabilidade era dela. Antes que fosse dada margem para um vácuo se estabelecer entre nós, começo a falar.
— Mãe, pai, vocês já devem ter notado que eu já posso cuidar da minha vida sozinha e tomar minhas próprias decisões. Vocês também sabem que o que existe entre Rodrigo e eu, vem de algum tempo e nada foi capaz de separar a gente. Eu só quero comunicar que...
— Vocês não vão comunicar nada. Eu não admito! — minha mãe me interrompe muito nervosa.
— Senhora... — Rodrigo tenta dizer algo, mas também é interrompido.
— Escuta aqui, você não tem vergonha de se meter com garotas bem mais novas que você?
— Com todo respeito que tenho pela senhora, mãe, não admito que você fale assim com alguém que só me quer bem. — dou-lhe uma encarada.
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Meu querido professor
Romance1# Proibido - 2019 1# Aluna - 2019 ATENÇÃO: Nosso incrível romance está passando por revisão, então, aos novos leitores, quero pedir que não estranhem caso acharem partes do texto desconexas, são devido a esse processo. Não tenho uma previsão de qua...