Capítulo 12

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"Já fez sexo no capô de um carro?"

Não precisei responder, tudo que eu queria era sentir Vitória indo o mais fundo que conseguisse em meu corpo, queria senti-la e provar tudo o que ela poderia me oferecer e isso não dependia muito do local.

Enlacei sua cintura com minhas pernas, sentindo as mãos quentes apertarem meus seios e brincarem com os bicos rijos. Mordi forte o lábio inferior dela, descendo meus lábios outra vez para o pescoço dela e deixando a marca de um chupão ali. Ela suspirava em meu ouvido toda vez em que eu beijava entre os seios dela através do decote do vestido e a forma que ela me beijava em seguida deixava claro que ela estava tão excitada quanto eu.

Vitória percorreu toda a lateral do meu corpo com as mãos até o botão da minha calça e me encarou com os olhos cor-de-tudo antes de desabotoá-la e instintivamente abri mais as pernas para que ela pudesse alcançar meu ponto sensível sem muito esforço. Ela riu baixo e voltou a beijar meu pescoço. 

Aquele jogo estava acabando comigo, e eu precisava dela o mais rápido possível. Meus suspiros eram quase reclamações pela demora e enrolação, eram ânsia de quem queria muito diante de uma Vitória que agora passeava os dedos pelo lacinho preto que tinha nos lados da calcinha preta que eu vestia. Aproveitei que ela estava se distraindo ali e subi minhas mãos pelas pernas dela, pela parte interior das coxas, até alcançar as calcinha deliciosamente molhada dela.

Vitória gemeu baixinho em meu ouvido quando brinquei com dois dedos sobre o pano fino e molhado, deixando de beijar meu pescoço para repetir os movimentos que eu fazia nela. Todo meu corpo respondeu ao toque do dedo dela pressionando meu clitóris sobre minha calcinha, e foi inevitável não gemer. O jeito que ela me olhava, como se quisesse decorar todas minhas feições enquanto me tocava, não me deixava tirar os olhos dela e focar em massagear seu ponto sensível. Queria ouvi-la gemer meu nome e não iria parar até conseguir.

Afastei a peça fina para o lado e senti em meus dedos todo o calor que emanava de Vitória, sentindo minha boca salivar. A segurei firme pela cintura, brincando com meu polegar em seu clitóris até senti-la apertar forte um dos meus seios. Vi continuou me massageando até o momento em que a penetrei com dois dedos sem aviso nenhum e a observei se contorcer em prazer. Ela afastou bruscamente seu corpo de meu, ficando a uma pequena distância de mim, o que ainda permitia que eu continuasse movendo meus dedos nela. 

Ter a visão de Vitória Falcão com a boca entreaberta e alguns cachos cobrindo um pouco o rosto era com certeza a visão mais sexy que eu teria em toda a minha vida. Ela apoiou as mãos no capô do carro, cada uma de um lado do meu corpo e aproximou o boca do meu ouvido, me deixando ouvir seus suspiros e pequenos gemidos. Tendo como trilha sonora a voz rouca em meu ouvido, era impossível diminuir o ritmo dos meus dedos e, apesar da posição em que estávamos parecer um pouco desconfortável, Vitória mordeu e chupou meu pescoço quando senti as pernas dela tremerem sob meus toques.

Aumentei a velocidade dos meus dedos e ela gemeu meu nome quase inaudível e sorri, trazendo o rosto dela de encontro ao meu.

"Me faz gozar, Ana Clara." Ela pediu com a voz rouca, e tenho certeza de que ela não sabia o quanto aquilo me enlouquecia.

A beijei lentamente, diminuindo o ritmo dos meus dedos e ela suspirou meio irritada meio resmungando. 

"Geme o meu nome." Eu respondi antes de tirar meus dedos dela e receber um olhar de Vitória que fez meu estômago revirar tamanha excitação que vinha dela. Vitória tomou meus lábios, chupou minha língua e, para o meu total delírio, levou meus dedos até a própria boca e chupou, sentindo o próprio gosto. Eu com certeza tinha ido até a lua e só voltei quando ela penetrou meus dedos nela outra vez.

Ela queria mais e eu daria mais a ela. Voltei a fazer movimentos mais rápidos, indo fundo e estimulando seu clitóris com o polegar, Vitória prendia a respiração a cada estocada mais firme e eu estava quase tendo um orgasmo apenas encarando ela de olhos fechados e com a boca aberta. Decidi ir um pouco devagar e mais fundo, e sorri quando ela beijou meu pescoço até o lóbulo da minha orelha e quase gritou meu nome para que pelo menos metade do estacionamento ouvisse.

"Ana Clara..." E mais um suspiro longo, me fazendo arrepiar. "tu não pode fazer isso comigo..." 

Suas pernas tremeram mais uma vez e Vitória se desmanchou em meus dedos junto com outra mordida forte em meu pescoço. Eu queria ficar com todas as marcas possíveis dessa noite e acho que Vitória também, porque não reclamou quando mordi e chupei seu lábio inferior, sentindo o gosto de ferro em minha boca.

Ela me abraçou apertado, como se quisesse guardar aquele momento, e beijou minha testa, depois meu nariz e finalizou com um selinho demorado. O sorriso fraco me fez sorrir e agradeci mentalmente por tudo que tinha acontecido desde o dia em que a conhecia até o momento em que ela teve um orgasmo gritando meu nome.


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