Capítulo 47

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Eu comecei esse cap antes do enem e terminei ele agora, tem muito de mim nele e se preparem pro próximo porque eu passei por algumas coisas que precisam ser transformadas em Ana e Vitória. Quem anda lê isso daqui, brigada tu♥ e ouçam Infinita Highway.

Ana Clara.

Coloquei Luana e Bárbara deitadas na cama da menor, elas mal se mexeram. Tirei os sapatos, e decidi deixá-las com os vestidos, e logo deixei um edredom aos pés da cama, caso elas viessem a sentir frio durante o resto da madrugada.

Apesar de estar brava, fiquei com receio de deixar as duas sozinhas no quarto e corri até meu quarto apenas para colocar um pijama e um colchão, para dormir ali com elas. Procurei o lugar mais perto de uma tomada, porque não tinha esquecido momento algum de que Vitória me mandaria mensagem avisando sobre seu irmão.

Quando consegui dormir, depois de tanto esperar pela mensagem (que não chegou), já eram quase quatro horas da manhã e o quarto estava no mais absoluto silêncio. Se fosse há alguns dias atrás, eu provavelmente estaria travada na cama com elas, porque bebida é uma ótima válvula de escape. Por sorte Letícia tinha me ajudado com isso, assim como com todos meus outro meios de fuga.

Vitória Falcão.

Foi questão de segundos até que eu pudesse ver Rafael se colocando entre Ana Clara e o brutamonte que estava gritando com ela.

Apesar de não cantar no bar nos sábados, ainda costumava ir para acompanhar a outra menina que cantava ali. E me senti forte o suficiente para avistar Ana, Luana e Babi e não ir até elas para conversar, talvez porque Rafael tenha permanecido ali do meu lado. Manuela estava no plantão e liberou meu irmão para me acompanhar, o que não me surpreendeu.

Depois de falar com Ninha, no lado de fora do estabelecimento, meu coração sentia-se aquecido e meu sorriso não diminuía. Pelo menos não até ver meu irmão outra vez, ele tinha um pequeno corte no lábio e a mão esquerda estava muito vermelha. Me assustei, afinal ele não brigava assim há muito tempo.

"Como tu tá?"

Minha voz visivelmente preocupada e fez sorrir, meio alegre meio dolorido.

"Pergunta ele."

Me virei para o outro lado da parede, onde o outro rapaz estava rodeado de pelo menos mais três homens. Ele tinha os lábios e a sobrancelha sangrando, me assustei ainda mais.

"Ele disse que vai me processar, e eu disse que nos veríamos no tribunal de qualquer jeito pois serei testemunha de Ana Clara. O nome dele é Maicon."

Meu irmão riu outra vez. Talvez pensando que tipo de pessoa se chama Maicon, e ri junto dele, já segurando um guardanapo e limpando suas mãos. Internamente, mesmo que ainda preocupada, eu me sentia imensamente grata por ele ter defendido Ana Clara e suas amigas.

"Vamo pra casa, tu precisa dormir antes de explicar pra Manu o que aconteceu."

Rafa fez uma careta e balançou a cabeça.

"Ela vai me matar."

Deixei ele no próprio apartamento e segui pra minha casa, que sem mainha estava sempre vazia. Estava cansada, tão cansada que nem mesmo me lembrei de que iria mandar mensagem para Naclara, embora não tivesse parado de pensar nela em nenhum momento enquanto dirigia.

Ela tinha deixado o cabelo crescer até abaixo dos ombros, as mechas loiras a deixavam mais adulta. Tudo nela estava lindo.  Ana Caetano era linda.

Acordei com a despertador praticamente gritando no meu ouvido. Pelo menos eu não tinha bebido do que o suficiente, e minha cabeça não doía, já Rafael me mandou uma foto ainda de madrugada com gelo sobre o lábio inferior e uma careta.

CHAOSOnde histórias criam vida. Descubra agora