Capítulo 1

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Naiara Marques- ON

Sábado

Acordei com o barulho do meu despertador tocando estridentemente e com os raios do Sol no meu rosto. Cocei meus olhos e em seguida me espreguicei. Desliguei o despertador e levantei da cama. Caminhei, com passos largos, até a janela do meu quarto e abrindo-a em seguida. As pessoas subiam e desciam, algumas com sacolas e outras por curtição mesmo, naquele calor dos infernos que fazia.

Moro no morro do Alemão e admito que as pessoas aqui, ás vezes, me animam. Como sempre, hoje é dia de baile e TODOS vão. Menos eu. Gosto de frequentar as baladas fechadas (que não tem aqui) e ficar em casa também. Estou fazendo faculdade de Design de Interiores, então fica muito complicado para sair todo final de semana. Afinal, tenho que ficar estudando sempre.

Calcei minha pantufa e desci as escadas para conseguir chegar na cozinha. Chegando lá, abri o armário, peguei o pão e algumas torradas e coloquei em cima mesa logo em seguida. Depois caminhei até a geladeira e de lá eu tirei: a manteiga, a geleia, o requeijão, o queijo e um de laranja e coloquei tudo em cima da mesa.

Quando puxei a cadeira para me sentar, alguém tocou a campainha.

- Já vai! – Gritei revirando os olhos e caminhando até a porta.

Assim que a abri, dei de cara com a Paloma sorridente.

- Bom dia! – Falou sorrindo.

- Bom dia. – Falei sorrindo também. – Entra!

Ela atravessou a porta e caminhou diretamente para a cozinha.

- Acho que cheguei na hora certa! – Afirmou ela rindo e se sentando.

Conheci a Paloma assim que me mudei para cá. Quando completei 18 anos, conversei com os meus pais e transferi minha matrícula da faculdade (porque eu já tinha feito a metade do semestre lá na Califórnia) para cá e fiquei totalmente perdida. Paloma está na mesa jornada que eu (ela AMA decoração) e foi ela quem me ajudou na maior parte do tempo. No começo tive que fazer vários trabalhos sozinha; ninguém conversava comigo; e o pior: tinha que ficar no ponto de ônibus sozinha.

Até que um anjo da guarda me mandou a Paloma e viramos amiga. Como ela era minha vizinha, saíamos juntas sempre que conseguíamos e também nos ajudávamos em algumas matérias que não intendíamos.

- Terminou de ler o capítulo 5 do livro que o professor pediu? – Perguntou ela dando uma mordida da sua torrada.

- Terminei sim! – Afirmei colocando dois copos em cima da mesa. – Mas quero ler de novo e dar uma revisada básica para segunda.

- Li duas vezes e não consegui intender! – Ela colocou sua mão na testa e ri com isso. – Preparada para mais tarde? – Perguntou em seguida.

- Sim. – Abri um sorriso. – E você?

- Super determinada. – Começamos a rir com o que ela disse e logo começamos a conversar normalmente.

Olavo Macedo- ON

- Vai pro Baile hoje, Olavo? – Perguntou Alexia parada na entrada do meu quarto.

- Quer carona? – Perguntei risonho.

Ela assentiu com a cabeça e logo cruzou os braços.

- 23:00 estou saindo daqui. – Falei me virando para o outro lado da cama. – Se quiser ir, esteja pronta antes!

A ouvi soltar um "Ae" e sair animadamente do meu quarto.

Peguei meu celular e vi que tinha um monte de mensagem para eu responder. Tinha uns mano perguntando do baile; alguns números desconhecidos e algumas vadias daqui.

Vem comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora