Capítulo 59

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Naiara Marques- ON

Meu coração parou na hora que o Olavo apareceu na cozinha. Juro, se eu tivesse grávida teria parido e nem sentido dor nenhuma.

Meu corpo todo começa a tremer quando Olavo aponta a arma pro Diego. Deixei o copo com água em cima da bancada e tentei me recompor.

DG: Vai querer me matar? - Ouvi o tom de deboche na sua voz.

Vou ser cúmplice de um assassinato. SOS.

Olavo: Teu filho da puta. Você traiu a minha mãe e teve um filho? Por que não mandou aborta aquela desgraça? - Se aproximou do Diego.

DG: Quem é você pra me dar ordens agora? - Vi a raiva nos olhos de Olavo e seu dedo no gatilho.

Não sei o que estava fazendo. Não sei o que aconteceu depois. Só sei que, de alguma maneira, eu tinha agarrado a cintura de Olavo e deitei a cabeça em seu peitoral.

Olavo: Vaza Naiara. - Falou sem abaixar a mão.

Naiara: Olavo, por favor abaixa isso. - Olhei pra ele. - Não faz isso. Pode ser inútil pra você agora, mas seu pai faz um bem danado pra outras pessoas. - Ele suspira. - Olha pra pra mim. - Demorou um pouco, mas seus olhos logo se encontraram com os meus. - Não faz isso!

Olavo: Você ouviu o que ele disse? Ele é pai daquele verme...

DG: Não fala assim do seu irmão! - Eu pisquei e Olavo acertou um soco na boca dele.

Ouvimos barulhos na escada e Bárbara logo adentrou a cozinha com uma cara de quem tinha acabado de acordar.

Bárbara: O que tá acontecendo aqui? - Olhei pra Olavo que tentava recuperar sua respiração.

Naiara: Um pequeno desentendimento. - Sorri nervosa. - Já se resolveu!

Olavo: Um caralho que isso se resolveu. - Passou por mim e saiu batendo a porta com tudo.

Bárbara me olhou sem intender e ficou esperando mais alguma explicação.

Naiara: Fica com o Jake por uns minutinhos? Vou falar com ele! - Ela assentiu com a cabeça e eu corri pra fora de casa.

Nem me importei por estar de um short curto e uma blusa gigantesca do Olavo que parecia um vestido em mim. Fechei a porta atrás de mim e olhei pros lados.

Nenhum sinal de Olavo.

O carro e a moto dele estavam ali. Então ele não deve ter ido muito longe.

Vapor: Algum problema, patroa? - Sai do meu pequeno transe quando aquele mesmo vapor de mais cedo acenou com as mãos na minha frente.

Naiara: Viu o Olavo?

Vapor: Subiu lá pra cima. - Apontou pro topo do morro. - Quer uma carona? - Assenti e subi na garupa da sua moto.

Naiara: Vai o mais rápido que você conseguir. - Pedi e ele assentiu.

Me sinto culpada por causa disso. Deveria ter contado pro Olavo quando ouvi aquela ligação. Deveria ter contado também sobre o passeio que tive no carro do seu inimigo/irmão. Ele vai me matar quando souber. Se agora ele já não quiser me matar.

Sai dos meus pensamentos quando o vapor me chacoalhou e disse que já tínhamos chegado. Agradeci ele e subi os pequenos doze degraus que tinham ali. Cheguei no topo e lá estava ele. Olhando para todo o morro com seus braços em volta de suas pernocas. Nunca parei para ficar observando o quanto ele era mais lindo de costas. Suspirei e me aproximei dele devagar.

Vem comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora