Carol Vieira- ON
Ele ainda estava do mesmo jeito. Nenhuma melhora e nem piora. Totalmente parado sem reagir. Já se passaram dois anos desde do ocorrido e não o larguei um minuto sequer. Evellyn vem aqui para ver se eu estou bem. Mas sei que no fundo ela está bem pior do que eu. Vitória passa a tarde toda com nós e fica chorando baixinho com a sua blusa em mãos.
Ficar longe dele é muito doloroso. É viver com uma faca no seu coração que parece rasgar-te todo a cada vez que se movimenta. Não sinto maia vontade de viver vendo ele nessa situação. É muita dor!
Médico: Você deveria ir embora. - Terminou de escrever no papel. - Precisa tirar um bom sono numa coisa chamada cama!
Carol: E eu acho que o senhor deveria cuidar da sua vida. - Ouvi ele suspirar. - Desculpa, não queria...
Médico: Não tem nada. Eu respeito a sua dor! - Deu de ombros. - Mas você precisa mesmo ir pra casa.
Carol: A única coisa que eu preciso é dele. - Falei alto. - Eu quero ele. E não ir pra casa!
Médico: Bom, não vou insistir. - Caminhou até a porta e abriu a mesma. - Deveria pensar naquele assunto!
Verdade, eles queriam desligar os aparelhos. Eles queriam terminar de matá-lo.
Carol: Já falei pra vocês a minha resposta. - Suspirei. - Vou esperar ele acordar.
Médico: Ok. - Saiu do quarto. Olhei para ele de novo e suspirei sentindo meu coração arder.
Carol: Você precisa acordar, meu amor. - Falei com a voz embargada. - Não pode deixar que eles te matem. Não pode! - Peguei na sua mão e chorei. - Eu preciso de você aqui. Tô com saudades do seu amor louco por mim! - Forcei uma risada. - Ninguém mais está aguentando ficar longe de você. - Suspirei. - Você precisa voltar!
Fiquei mais alguns minutos ali olhando pra ele antes de decidir ir para a minha casa. Arrumei minha bolsa, respirei fundo e me levantei.
Carol: Daqui a pouco eu volto pra ficar com você. - Dei um beijo na testa dela. - Te amo! - Ajeitei minha bolsa e caminhei até a porta. Abri a mesma e dei uma última olhada para ele. Meus olhos marejaram de novo e sai dali. Passei por uma enfermeira que vivia conversando comigo quando ia no quarto vê se ele tinha melhorado em algo. Ela passava longas noites comigo contando como tinha sido o seu dia e como queria que tudo fosse maia fácil. - Oi. - Sorri sem mostrar os dentes.
Enfermeira: Oi. - Sorriu de volta. - Aonde vai?
Carol: Decidi dar uma passadinha lá em casa. - Cruzei os braços.
Enfermeira: Você precisa descansar. - Sorri tensa.
Carol: Nos vemos de noite? - Ela assentiu. - Ok. - Voltei a andar. Cheguei na sala de espera e vi duas cabeleiras bem conhecidas sentadas ali. Me aproximei e parei na frente das mesmas. - O que fazem aqui?
Naiara: Queriamos saber como você estava. - Se levantou e me abraçou. - Parece que vai ir embora!
Carol: Vou dar uma passadinha em casa. - Nos soltamos.
Vanessa: Vamos com você. - Se levantou e beijou a minha testa.
Carol: Não precisa...
Naiara: Só fica quieta. - Piscou para mim e eu ri. - Temos um motorista agora!
Carol: Sério? - Juntei minhas sobrancelhas.
Vanessa: Benício e Olavo colocou um motorista particular para nós duas até tirarmos a nossa carteira!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vem comigo
Teen FictionTe amei Te mostrei Que todo o meu amor foi o mais sincero Fui capaz de fazer tudo por ele e faria de novo. Ele é o amor da minha vida! Mas, tudo acabou naquele dia... • Contém erros de português. Início: 28/11/2017 ❤. Final: 15/02/2018. ❤ 07/02/2018...