Capítulo 63

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Quarta-Feira

18:30

Vanessa- ON

Terminei de arrumar o salão e fui preparar minhas coisas pra ir embora. Peguei minha bolsa, a chave do salão e sai. Tranquei a porta e acenei para um táxi que passava ali. Ele parou e eu entrei. Falei o endereço da minha casa e o motorista deu a partida. Benício não tinha me ligado desde de Sexta-feira e confesso que nem me importei muito com isso. O taxista estacionou em frente a minha casa e me falou o valor da corrida. Paguei o mesmo e desci.

Senti a sensação de estar sendo observada e virei pra trás correndo.

A rua está tranquila. Sem carros ou pessoas.

E nada de ninguém ficar te olhando.

Me virei e abri o portão. Na hora que eu ia fechar colocaram o pé e me impediram de fazer qualquer coisa com a porta. Meu corpou gelou e comecei a tremer feito um boneco de pano.

xXx: Abre essa porra. - Ouvi aquela voz grossa de antes me "tranquilizou".

Era o Benício.

Abri a porta e ele entrou feito um furacão na minha casa. Fechei a mesma atrás de mim e joguei a minha bolsa no sofá.

Vanessa: Por que não me avisou que vinha? - Me aproximei dele.

BC: Tá de sacanagem com a minha cara? - Se virou alterado. - Mulher minha não sai sem dar satisfação. Que porra de festa era aquela que tu foi? - Pegou no meu braço e apertou o mesmo.

Vanessa: Eu sai com as meninas pra tentar distrair a Paloma. A mãe dela queria que NÓS saíssemos com ela. - Referi as meninas. - Tá querendo de dá uma de Marcos agora?

BC: Não me compara com esse bosta não. - Apontou na minha cara. - E você pediu pra quem? Quem deixou você sair?

Vanessa: Coloca uma coisa na sua cabeça que ninguém manda em mim. Meus pais faleceram quando eu era criança e minha vó, a única que eu tinha, cuidou de mim e depois me abandonou. Nunca precisei pedir permissão pra ninguém deixar eu fazer as coisas. E não é só porque eu tô com você que agora vou ter que pedir. - Me soltei. - Sou SOLTEIRA. A gente só fica quando você quer. Acha mesmo que vou ficar trancada em casa esperando por você? - Ri com deboche. - Chapa o globo não.

BC: Tá pensando que tá falando com quem? - Agarrou no meu cabelo e puxou o mesmo com tudo. - Não sou igual a porra do meu irmão que fica aceitando desaforo da namorada não. Dependendo da situação eu até meto a porrada. - Arregalei os olhos. - Então abaixa essa tua bola. Você é MINHA mulher. MINHA e de mais ninguém. Se ponha no seu lugar!

Ele me soltou e eu cambaleei pra trás.

Vanessa: Sai da minha casa. Sai da minha vida. AGORA. - Senti meus olhos marejarem. - Era você que tinha dito ser diferente e mais um cacete de coisas. Mas agora eu te pergunto. - Me aproximei dele e ficamos cara-a-cara. - Cadê essa sua diferença? - Sai da frente dele e fui pro meu quarto.

Me despi e entrei no banheiro. Tomei um banho morno pra tirar toda a tensão do meu corpo e soltei poucas lágrimas debaixo da água.

Eu gosto dele, droga. Não deveria, mas gosto.

Viva a droga do amor!

Sai do banheiro com a toalha no corpo e caminhei até meu guarda-roupa. Coloquei uma lingerie cinza e meu pijama de rosquinhas. Penteei meu cabelo, passei meu desodorante, calcei meu chinelo e dobrei as minhas roupas. Guardei as mesmas no guarda-roupa e sai do meu quarto.

Vem comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora