Capítulo 49

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MARATONA 5/5

Uma Semana Depois

SÁBADO

17:48

Paloma Santiago- ON

Doutora: Você não precisa mais ficar aqui. Ela não precisa mais de um acompanhante e também vai receber alta daqui há dois dias!

Paloma: Mas eu preciso ficar aqui com ela! - Suspirei e encarei a minha mãe dormindo. - Tenho medo que...

Doutora: Ela não vai morrer agora! - Me assegurou. - Isso eu posso te dizer e confirmar. O câncer está bem agressivo, mas ainda não fez todo o estrago para tirar a vida dela...

Paloma: Saber disso dói. - Olhei para a médica. - Isso tudo dói!

Paloma: Eu intendo a sua dor! - Sorri tensa. - Volte para casa e depois venha pra cá. Não pode viver aqui para sempre. - Assenti para a mesma e olhei para mamãe mais uma vez.

Desde do dia em que ela está internada, não deixou de receber visitas. As meninas vinham todos os dias. Naiara e Alexia passavam horas conversando com ela. Jake vinha também, achei meio doido todo o papo de filho, mas intendia o lado da Nai.

Carol vinha com a Evelyn e me contava as coisas que eu perdia. Carol disse que passava mais noites com o Marcos do que na própria casa. Afirmou também que ele queria assumir ela como fiel, mas só estavam esperando a minha mãe ficar 'melhor' para que eu fosse no baile de comemoração.

Vanessa disse que estava ficando com o BC. Dono do Jacarezinho. Fiquei com um pouco de medo por ela, mas a mesma me assegurou que as coisas estavam sobre controle e então confiei nela.

Desde do dia que a minha mãe se internou aqui, voltei para casa só pra tomar banho e comer. Porque a noite eu passava dormindo ao lado dela. Levei um atestado para a faculdade e abonaram as minhas faltas necessárias. A Naiara me passou as matérias perdidas e tive que correr atrás do meu atraso.

Nunca mais vi o Patrick! E quando eu falo NUNCA, é nunca mesmo. Quando passei na casa dele, ninguém nunca vinha me atender. A tal da Raissa parou de jogar piada na minha cara, até achei estranho, mas deixei aquele assunto de lado.

Eu sentia uma dor ruim dentro de mim quando o assunto se trata dele. Parecia que algo ruim ia acontecer e aquilo me deixava agoniada demais. Eu não podia perder ele. Não mesmo. Meu amor por ele era grande demais.

Mamãe se mexeu na cama e acabou me assustando. Sacudi a cabeça tirando aquilo do meu pensamento e olhei para a mesma. Ela ainda dormia feito um bebê e abri um sorriso bobo com aquilo. Me levantei e caminhei lentamente até a mesma. Passei a mão levemente pelo seu cabelo e dei um beijo na sua testa.

Paloma: Te amo! - Sussurrei. - Depois eu volto. - Sorri de novo.

Peguei minha bolsa, que estava em cima do sofá, minhas sacolas e sai do seu quarto. Cumprimentei alguns enfermeiros que acabei pegando amizade no tempo em que fiquei aqui e sai da clínica. Fiquei esperando algum táxi passar por ali, mas parecia uma coisa impossível de acontecer. Então, decidi voltar para o morro caminhando - já que não era tão longe mesmo.

[...]

Parei na frente da entrada do morro e comecei a recuperar o meu fôlego. Os vapores me olharam e logo liberaram a minha entrada. Cumprimentei eles com um sorrisinho e subi o morro. Passei em frente as putinhas do morro e elas começaram a cochichas enquanto me olhavam.

Paloma: Fala na cara meu amor. - Gritei. - Vem peitar!

xXx: Segue teu caminho. - Gritou uma loira. - Chifruda do caralho!

Vem comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora