Capítulo 65

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Patrick Fernandes- ON

Faz mais de duas semanas que não a vejo.

Duas longas semanas sem sentir seu cheiro ou ouvir a sua risada. Sem ver o seu sorriso logo de manhã ou as suas músicas escrotas sendo tocadas altamente no som do seu celular.

São duas longas semanas que eu a perdi para sempre.

Desde da nossa separação, não consegui mais ser o mesmo. Ando sempre chapado e bebendo. A Raissa sempre aparece aqui pra uma transa. Mas a única coisa que ela faz é um boquete bem gostoso e depois vai embora. Porque não sinto mais vontade nenhuma de foder com ela como antes.

A única que me faz companhia é minha maconha com a garrafa de Jack Daniel's. Trabalho todos os dias na boca bêbado. Olavo falta agarrar no meu pescoço e me matar, mas intende o que estou passando.

Pelo que ele me contou, parece que o BC é seu irmão. Fiquei abismado com essa notícia, tá ligado? Jamais imaginei que o mano DG trairia a Bárbara com uma putinha qualquer daí.

Mas quem sou eu pra falar se trai a minha mina de fé?

Pelo que me contaram, ela está bem sem mim. Alguns dias fica com saudades, mas diz que vai passar. Vive saindo pra festa onde rola um monte de playba também. Fico putão quando vejo as fotos, mas o que eu posso fazer agora? NADA. Porque não sou mais nada dela pra ficar cobrando as coisas!!

Minha mãe me ensinou como tratar uma moça bem. Meu pai e meu avô me falou do que as garotas gostavam que faziamos e aprendi vários truques com eles.

Aprendi a ser um cavaleiro no começo, tá ligado? Mas depois, quando me envolvi nessa vida errada, o pique príncipe encantado foi embora e ficou só o outro lado: Cafajeste.

Comecei a ganhar meu dinheiro por causa dos corre que eu fazia, aí, as que não se davam valor, caiam em cima de mim. Sempre gostei daquelas minas que se valorizam, tá ligado? Aquelas que não transam por dinheiro e que não se vendem por aí. Gosto daquelas mais tranquilonas no bagulho que gosta de ficar comigo.

E confesso que um dia, antes dela, eu achei alguém assim. Mas foi aquilo, tava comigo numa semana e na outra dando pra tropa, sabe? Não gosto de se tirado como corno nessa vida e foi aí que desci o cacete nela. A primeira vez que bati numa mulher. Mas também foi de raiva. Adivinha quem foi essa mina?

Isso mesmo. A Raissa.

Tivemo uma história, tá ligado? Sentimento broto entre nois e a gente aproveitava cada momento juntos. Até ela começar a vacilar e querer se dar uma de puta pro meu lado. Terminei com ela aquilo que nem tinha começou e fiqueo solto na pista.

Até conhecer a minha morena.

Se ela aparecesse, hoje/amanhã ou daqui há alguns séculos e pedisse pra volta, eu voltaria. Voltaria porque ela me faz um bem danado. Voltaria porque amo aquela mina do fundo do meu coração. Voltaria porque ela me faz feliz.

Olavo: Tá brisando aí. - Me deu um socão. - Qual foi?

PK: Pensando nuns assuntos bolados aí. - Passei a mão no rosto. - Falou com a tua mina?

Olavo: Vai vir morar comigo! - Sorriu. - A mãe dos meus pivetes.

PK: Parabéns mano. - Fizemos um toque. - Um de nós tinha que sair feliz.

Olavo: Você podia ser feliz parceiro. Só tinha que ignorar a Raissa!

PK: Sabe o quanto eu tô fazendo isso agora, né?  - Ele assentiu com a cabeça. - Nem penso mais em foder ela como antes. Tô com saudades da bunda da minha morena!

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