Capítulo 39

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Naiara Marques- ON

Sempre gostei de crianças. Amo ver os pequeninos brincando e gargalhando com algo engraçado. Filho é uma bênção na vida de qualquer ser humano. É o bem maior para muitos.

Todos me diziam que eu seria uma ótima mãe. Me falavam também que a minha casa viraria uma creche de tanto filho que eu teria. Até achei engraçado e uma ótima idéia.

O Rafael me fez acreditar que ele era o homem certo para me dar os frutos do meu amor por ele. Me fez criar esperanças numa coisa que NUNCA iria acontecer, pela parte dele é claro.

Mas pensando assim, bem que ele não seria um bom pai para os meus filhos mesmo.

Olhando para esse pequeno garoto da pele morena, cabelos negros iguais de Olavo e olhos castanhos-claro, me fez lembrar do passado de novo. De quando eu planejava os meus filhos ao lado de uma ilusão amorosa.

Aquele menino no colo da Daniela não deveria saber o que estava acontecendo, porque a única coisa que fazia era sorrir e dar gargalhadas enquanto olhava a sua própria mãozinha.

Naiara: Posso pegar? - Apontei para o menino.

Daniela me olhou e assentiu com a cabeça. Estiquei os braços para o menino e logo ele veio.

Seus olhos brilhavam e sua gargalhada estava ainda mais gostosa. Ele desfocou de mim e começou a brincar com meus brincos pequenos em forma de bicho.

Daniela: Você não sabia, né? - Olhei para ela e neguei com a cabeça. - Desculpa, não faz nenhum mal para o meu filho...

Naiara: Ei. - Ri nervosa. - Pode parecer que eu estou brava, mas eu não teria coragem de fazer nenhum mal para essa gostosura aqui! - Fiz cosquinha na barriga do menino que riu. - Qual o nome dele?

Daniela: Jake! - Sorriu tensa. - Desculpa atrapalhar vocês...

Naiara: Não atrapalhou nada. Olavo foi resolver uns negócios do baile e eu estava sozinha em casa!

Daniela: Como soube?

Naiara: Ele esqueceu o celular... - Antes que du pudesse falar alguma coisa, Olavo apareceu todo nervoso e partiu para cima de Daniela. Desferiu socos e tapas na cara da mesma que chorava desesperada. - OLAVO! - Gritei e Jake se assustou. - Está assustando o seu filho!

Olavo me olhou bravo e soltou Daniela. Seus olhos pararam no menino que chorava agarrado no meu pescoço.

Olavo: Ele não é meu filho...

Naiara: Como você sabe? - Ele se calou. Suspirei. - Daniela, você está bem?

Daniela: Só preciso... cuidar disso aqui. - Apontou para os ferimentos em seu rosto. - Podia ficar com ele por algumas horas?

Olavo: Não...

Naiara: Sim! - Ele me encarou e revirei os olhos.

Daniela: Obrigado. - Se levantou. Peguei a bolsa azul que estava no chão e olhei para alguns dos vapores.

Naiara: Vocês poderiam levar ela no médico? Mas não é o daqui desse posto não, é do asfalto mesmo.

Vapor 1: Claro que sim, patroa.

Naiara: Obrigado! - Sorri. - Levem ela para a minha casa depois. - Ele assentiu e tornei a subir o morro com Jake no colo.

Olavo ficou discutindo com a Daniela na entrada e depois viria falar um monte para mim. Acabei trombando com Carol e não tive coragem de dizer à ela que o filho era do Olavo. Falei que era de uma prima minha e que logo ele iria embora. Ela se apressou para sair do morro e eu subi para a minha casa.

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