Capítulo 100

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Naiara Marques- ON

Eu estava tremendo feito uma louca. Era como se tivesse acabado de assassinar alguém e estava sendo punida das piores maneiras por isso. As lágrimas não eram o meu problema agora, nunca fora realmente. A única coisa importante naquele momento era ver ele e certificar-me que tudo não se passava de um sonho.

Sempre soube dos riscos que ele corria quando saíamos assim pelo asfalto. A polícia poderia aparecer em qualquer instante e fazer a mesma coisa que fizeste a horas atrás: levá-lo em cana.

Paloma: Precisamos... ficar calma. - Sussurrou ao meu lado. - Precisamos ficar calma e torce para que dê tudo certo!

Naiara: Sabemos que não vai dar certo. - Senti uma pontada no coração. Mas não passava de verdades. - Eles são traficantes e tem uma ficha muito suja. Não vão conseguir sair daqui tão cedo!

Paloma: Não perca a sua fé. - Abri um sorriso de lado.

Naiara: Eu nunca perdi! - Dei de ombros e voltei a encarar meus pés.

Estávamos esperando o delegado liberar a nossa entrada como de todas as outras mulheres e mães que estavam aqui na fila horas atrás. Os policiais, que passavam por nós, falavam palavras nojentas toda hora. Especificamente mais para eu, porque ninguém mexia com a Paloma.

Delegado: Senhoritas. - Levantei a minha cabeça rapidamente. - Podem vir. Os agentes vão revistá-las e levá-las para as celas dos dententos! - Me levantei e ajudei a Paloma se levantar também. Seguimos o mesmo até um corredos cheio de salas vazias e com cheiro horrível de cigarro e café. - Alex, venha aqui! - Um homem alto, do físico bem forte, de medeixas claras e olhos escuros, apareceu na porta e abriu um sorriso de canto assim que nos viu.

Alex: Essas são as mocinhas? - Me olhou de cima para baixo como se eu fosse uma picanha suculenta.

Delegado: Sim. - Suspirou. - Vejam se elas tem alguma coisa perigosa e depois deixe-as ir vê-los.

Alex: Ok. - O delegado se distanciou e o tal Alex, nos puxou para dentro da salinha trancando a porta em seguida. Dentro da sala tinha mais uns 7 homens diferentes, todos com um sorriso sacana no rosto quando nos viram. - Olha só o que temos aqui... Fiéis dos donos do Alemão!

Policial 2: Sabia que nos encontraríamos novamente, Naiara. - Era aquele mesmo policial que tinha apreendido o Olavo e me comido com os olhos.

Paloma apertou a minha mão forte e coloquei a mesma atrás de mim.

Naiara: Olha, não trouxemos nada. - Minha voz saiu trêmula. - Não precisa revistar a gente. Só nos libere para vê-los...

xXx: Aí seria fácil demais, não acha gatinha? - Um cara de cabelos longos e loiros tocou meu rosto e eu bati na sua mão. - Gosta de agressividade?

Naiara: Não... não toca em mim. - O medo em minha voz era eminente e tive a certeza que todos haviam notado.

xXx 2: Vamos nos divertir. - Um cara de blusa preta bem colada no corpo, que deixava em destaque os gomos bem marcados, me pegou pelos cabelos e me jogou numa cadeira bem no meio.

Paloma: Me soltem... - Olhei para a mesma e eles a puxaram e colocaram-a sentada na outra cadeira.

Policial 2: Vamos ver se você é mesmo gostosa como imagino. - Me levantou e enfiou a mão por dentro do meu short. Os outros policiais seguraram as minhas mãos, impedindo-me totalmente de tentar pará-lo.

Naiara: Por favor, para. Eu não quero...

Alex: Cala a boca. - Me deu um tapa na cara.

Fechei os olhos e tentei fechar as minhas pernas. Mas duas mãos muito fortes acabaram abrindo as mesmas e não tive forças para fechá-las.

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