Capítulo 2

11.1K 440 72
                                    

Olavo Macedo- ON

Descobri que a morena se chama Naiara Parques, mora sozinha numa casa na rua 10 e está cursando Design de Interiores. Ela disse que gosta muito de decoração, e sempre que vai ao shopping e vê alguma coisa bonita, faz questão de pedir para seus pais mais dinheiro só para comprar.

O jeito que conversávamos parecia que nos conhecíamos a anos. A forma que ela sorria ao conversar comigo; o sorriso que ela abria quando eu fazia alguma pergunta engraçada; estava me deixando LOUCO. Quero muito dar um beijo na boca dela e faze-la prova-la do meu mel, mas parece que está difícil.

- Você namora? – Perguntei.

- Não. – Respondeu ela. – E você?

- Deus me livre! – Afirmei rindo.

- Nunca diga: "Dessas águas não bebereis"...

- Por que? – Perguntei.

- Porque depois você está lá se afogando nela! – Afirmou a morena.

Poxa morena, para com essas macumba.

- Ata.

Patrick tinha saído com a amiga dela fazia mais de 1 hora e ainda não tinham aparecido. Aposto que devem estar se comendo em algum canto desse baile como todos daqui. A morena procurou algo na sua bolsa e bufou logo em seguida.

- O que foi? – Perguntei.

- A Paloma está indo para a casa do Patrick! – Afirmou ela guardando seu celular e terminando sua vodca. – Vou voltar para casa.

- Deixa que eu te levo. – Falei me levantando com ela.

- Não. – Falou rindo.

- Por que? – Perguntei cruzando os braços.

- Está vendo aquela menina de vermelho ali? – Ela direcionou o olhar para a Alessandra. – Mais cedo, ela estava dançando no seu colo. Quando você começou a conversar comigo, a mesma não parava de nos encarar. – Ela suspirou logo depois. – Sua namorada deve estar achando que eu sou uma vadia...

- Ela não é minha namorada. – A cortei e ri em seguida. – Vamos logo morena, vou te deixar em casa!

Ela revirou os olhos e caminhou até as escadas. Avisei os mano que eu já voltava e sai logo atrás dela.

Naiara Parques- ON

Amanhã, assim que a Paloma for para a minha casa, ela vai me ouvir. Onde já se viu. Osh. Me deixa sozinha numa festa? Nunca, meu amor.

- Você não vem? – Sai dos meus pensamentos, no qual eu xingava a Paloma, e olhei para Olavo que estava parado perto de um carro preto.

Caminhei em passos largos até chegar no mesmo, abri a porta e me aconcheguei naquele banco super fofinho e gostoso de sentar. Olavo entrou em seguida e logo deu a partida.

Fomos trocando altos papos no caminho, até ele colocar a mão na minha coxa. A princípio, eu deixei. Ele era um cara legal (por mais que fosse dos corre e tals) e divertido de conversar. Aparentava ter uma BELA pegada, mas eu não podia me deixar levar pelo meu subconsciente TODO errado.

Ele estacionou o carro na frente da minha casa, percebi que uma das minhas vizinhas fofoqueiras colocou a cabeça para fora da janela e ficou encarando o carro. Olavo apertou minha coxa, fazendo-me despertar.

- Chegamos! – Falou ele, mordendo seus lábios inferiores.

- Obrigado. – Agradeci.

Tirei meus saltos, abri a porta e, quando coloquei um dos meus pés para fora, senti meu braço sendo puxado e quando percebi, nossos lábios estavam colados.

Vem comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora