A gente diz que está acostumado com idas e vindas, com decepções e despedidas, mas é tudo mentira. Sempre dói como se fosse a primeira vez.
Ollie nunca me causou dor, e sempre achava isso uma coisa boa, porque afinal, amor não dói. Mas hoje nessa tarde fria, eu estou sentindo falta dele. Pois ele estaria aqui para me esquentar, me abraçar. Fazer cafuné até eu dormir. Mas eu vivi em um amor ilusório.
Aquilo que você ama também é aquilo que te destrói. Ninguém está ileso de amar e se auto-destruir por conta disso. E ele me teve por inteira, e eu não tive ele nem pela metade.
-Quer ir a praça aqui da frente? Tem muitos quadros bonitos lá. - Kerry interrompe meus pensamentos batendo na porta e se jogando na cama ao meu lado.
-Quero sim, mas desde quando você gosta de arte?
-Desde que eu percebi que existem pintores bonitos.- Demos risada e acabei jogando uma almofada nela. Ela se levantou em direção à porta e tacou a mesma almofada de volta, e saiu para se arrumar.
Me levantei já pegando uma calça jeans preta, uma blusa em Cetim branca. Coloquei um casaquinho por cima e calcei um tênis branco.
Fui até o quarto da Kerry e bati na porta-Já estou pronta, se você demorar mais um pouco em vou acabar dormindo.
-Você tem que sair dessa bad que te consome, estou ficando mal só de respirar o mesmo ar que você. - Kerry abriu a porta pegando meu braço um pouco frustada me levando até a porta do apartamento, ela tranca a casa e pegamos o elevador.
-Em falar em gatinhos, Hope... Meu melhor amigo Scott vai estar na praça, vai que rola um clima em?
-Então essa era sua intenção? - Solto uma risada
-Claro que não, ah não ser, que você fique com ele. Vou gritar pra todos que juntei a minha irmãzinha com meu melhor friend. - ela bate sua mão na outra, com um olhar determinado
-Vai nessa, isso não vai acontecer.
-Quando menos esperar, você vai estar nos brações dele.
-Você tem que parar de ver filmes um pouco. - começamos a rir. Depois de caminhar 8 minutos, chegamos à Praça. Kerry fica meio perdida a procura do seu amigo. Depois de procurar e olhar em volta, Kerry olhando em direção ao Scott, que esboça um sorriso. Mas logo atrás dele, vejo o mesmo homem que me ajudou na boate olhando algumas pinturas.
Ele sorri e automaticamente eu sorrio também. Sinto meu corpo ficar dormente e meu coração apertar quando o olhar dele se encontra ao meu. Ele caminha até mim sem tirar o sorriso do rosto. E puta que pariu, que sorriso...
-Olá, não tive chance de me apresentar noite passada.
-Ei, em falar nisso, obrigada por ontem.
-Não tem que agradecer, babacas como aquele, sempre aparecem por lá, tem que ficar de olho. - Ele da uma risadinha logo estendendo a mão.
-Prazer, sou Dylan.-Prazer é todo meu, Hope.
-Um belo nome para uma bela moça. - eu não sou de rezar, mas acredite, eu rezei para não ficar vermelha esse momento. Ele não tirava os olhos dos meus e eu fiquei hipnotizada por aqueles olhos azuis me lembrando a maré.
Por um instante, me esqueci da Kerry e do Scott. Olhei para o lado para tentar avisa-lá que ficaria conversando um pouco com Dylan. Mas ela tinha sumido o que me deixava um pouco preocupada.
-Você parece que está esperando por alguém, estou atrapalhando?
-De forma alguma. Acho que minha irmã foi embora me deixando aqui. - dou uma risada
-Isso é algo bom.
-É? Desde quando?
-Desde que te vi aqui, agora irei te fazer companhia. - ele sorri de lado e isso definitivamente acaba com meus neurônios.
-Vou a praia mais tarde, ver o por do sol. Não quer me acompanhar?-Se eu não incomodar, adoraria.
-De forma alguma, irei adorar sua presença.- Sorrio, e acho que sem querer fiquei vermelha. Não consigo controlar e isso me irrita.
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New beginning, big love.
RomancePor dois anos, Hope Schwartz vivenciou um amor ilusório longe de sua família. Kerry Griffith, sua irmã adotiva, a chamou de volta para casa. Hope pegou o primeiro avião de volta para Chicago, mas estava tudo diferente. Em uma noite festeira, conhece...