My protector

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-Vira, vira vira. – Grita Scott, junto com pessoas estranhas em volta, com uma garrafa de cerveja na mão. Segurei firme na garrafa, colocando-a na boca. A bebida desceu totalmente quente, um embrulho se formou em meu estômago. Terminei com a garrafa, e novamente, todos em volta gritaram.

Dúzias de copos de tequila foram viradas e milhares de bocas beijadas. Scott se aproxima de mim, segurando em meu braço esquerdo, tirando o copo da minha mão.

-Vem, vamos sair daqui. –ele me parecia impaciente, mas não era para estarmos curtindo?

-Tão rápido assim?- alguém segura meu braço direito. A voz me parece familiar. Está tudo girando, então não me permiti olhar.

-O que faz aqui? –Scott lança um olhar conturbador.

-O que faz aqui com ele, Hope? –A pessoa solta meu braço, caminhando até minha frente. Eu olhei para o chão, desejando sair dali. Mas automaticamente, meu rosto se levantou, sem que eu quisesse.

-Hope? O que faz aqui? –Dylan fala impaciente. Sua barba, não estava totalmente feita como antes. Scott puxou-me, me segurando. Eu não sei que reação ter, ou se vou embora o deixando também. Mas eu o amo, será uma tortura para mim. Dylan se aproximou, senti a respiração de Scott que estava ofegante.

-Vem, vamos embora. –ele segura meu braço, tentando me puxar. Scott me puxa novamente, negando com a cabeça, segurando-me levando para fora da casa onde acontecia a festa. Passamos pela porta, caminhando sobre o lindo e longo gramado.

-Solta ela. Você não está em condições de dirigir... –ele pausa as palavras, nos olhando. –Você não está nem em condições de cuidar dela. Não deveria estar com ela.

-Não deveria? Você que não deveria estar aqui, como foi o outro país? Longe da menina que você diz amar. – Scott me soltou, eu queria pular dentro daquele carro e sair para um lugar longe o bastante que não haveria pessoas conhecidas.

-Parem. Por favor, já chega! Dylan você não deveria estar aqui e muito menos dizer o que eu devo fazer. –Scott me segura, apontando para o carro fazendo sinal para que eu entrasse. Mas o que eu deveria fazer? Entrar e ficar esperando ele ficar sóbrio para dirigir? Estou vendo embaçado, de ponta cabeça.

-Eu não pude ligar, Hope.

-Como não cara? É sua namorada. O máximo que poderia fazer é dar notícias como havia dito.

-Você está cada dia mais insolente, cara. –Afastei-me observando os poucos passados que Scott deu para chegar a Dylan. Automaticamente, seu braço se levantou com sua mão fechada, encontrando com o belo rosto de Dylan.

-Não me chame de insolente, quando você foge da namorada e depois volta dando ordens. Você não é nenhum magistral Dylan. –lágrimas caíram do meus olhos, descendo até minhas bochechas. Eu não sei o que exatamente estou olhando, a única reação que tenho, é desabar. Scott corre, segurando-me, quando percebe que eu iria cair com os joelhos no chão. Eu estou fraca, eu gostaria de gritar até desgastar as minhas cordas vocais.

Dylan abaixa a cabeça, sentando-se na grama, com a mão no rosto em cima da marca vermelha que Scott deixou.

-Eu irei te proteger, princesa. –Scott envolve seus braços em volta de mim, carregando-me até o carro. Olhei em seus olhos, suas pupilas estavam dilatadas que chegavam a brilhar.

Abriu a porta de seu carro, com um pouco de dificuldade. Scott ainda com os braços em volta de mim, olhou diretamente em meus olhos, vendo a minha aflição por passar por aquilo tudo.

Ele beijou minha testa, e só pude sentir lágrimas caindo de meus olhos, mas me senti segura com ele. Scott sem dúvida é um ótimo amigo, não havia forma de agradecer. Eu não tive forças para correr até Dylan, gostaria de tocar em seu coração e colocar um pouco mais de compaixão. Não poderia e nem irei fazer, ele me deixou. E não há nada pior que o abandono e o ato de esperar.

-Ele não irá te incomodar mais, Hope. Eu cuidarei para que nenhum mal aconteça a você. Ok?

-Ok.


New beginning, big love.Onde histórias criam vida. Descubra agora