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Seria a hora exata para gritar, pedir Kerry para me socorrer. Eu não saberia ao certo o que ela faria com ele, e como ela o mandaria para bem longe de mim. Porque eu infelizmente, não consegui. Só o dei motivos para ficar.
-Ollie me escuta essa única vez. Eu sei que você quer voltar, mas não sinto nada por você. Não daria certo em hipótese alguma. Eu não te amo e não te quero. Você fazendo algo contra a minha vontade, meu nojo aumenta. Então sai por essa porta e pega o primeiro avião para Nova York. –Segurei o quanto pude minhas lágrimas, mas não consegui conter. Lágrimas rolaram pelo meu rosto, o fazendo me olhar nos olhos. Eu estou com tanto medo.
-Você não manda em mim, Hope.
-E muito menos você em mim. Não sou sua e nem vou ser. – o interrompi, o que fez soltar uma risada irônica, e sorrir de lado logo depois.
-É o que veremos. –Ollie apertou meu braço um pouco mais forte, levando sua boca até meu pescoço. Eu senti nojo, se eu soubesse que ele era assim... se eu pelo menos soubesse...
Soltei um grito, pedindo para parar. Kerry saiu de seu quarto correndo até a sala, e para nos olhando.
-Cara, o que você pensa que está fazendo? –ele a olha sorrindo, lágrimas caiem dos meus olhos sem parar, o que eu tive na cabeça para chama-lo aqui?
-Ollie me larga, por favor.
-Eu chamarei a Policia, se não solta-la! –Kerry pega o seu celular do bolso, já na chamada para ligar.
Ollie, solta meu braço, passando sua língua pela boca. Caminhando em direção a porta.
-Não vai parar por aqui, Hope. Você sabe que não vai.
-Você sabe que vai. Não pensarei duas vezes antes de acabar com sua vida se isso acontecer de novo. Saia daqui agora! –Kerry grita, ela estava irada! Ele continuou parado nos olhando, Kerry pega um abajur ao seu lado, tacando-o em direção a Ollie. Ollie se esquivou, girando a maçaneta saindo pela porta.
Sento-me no chão, repassando aquelas cenas mil vezes em minha mente. Como ele pode ser assim? Se achar melhor que todos? Abraço minhas pernas, inclinando minha cabeça para encostar nelas. Começo a chorar baixo, Kerry se senta ao meu lado, passando a mão em minhas costas.
-Vai ficar tudo bem, ele não vai voltar. Só disse aquilo para te apavorar, ok?
Não respondo, apenas soluços saem pela minha garganta;
-Obrigada por estar aqui, mas agora, preciso ficar sozinha.
Levanto-me indo em direção ao banheiro, ligando a ducha. Fecho a porta tirando minha roupa, entrando no box. A água está totalmente quente. Deixo-a cair em minha cabeça, molhando meu cabelo, e se misturando com minhas lágrimas.
Kerry on
-Alô? –Será que eu desligo? Ou dou motivos para minha irmã querer me matar?
-Oi Dylan, preciso de você. Hope precisa de você. –minha voz saiu trêmula. Eu não tinha escolha, eu não sabia o que fazer. Pelo menos ele a faz se sentir bem.
-O que aconteceu Kerry? Ela não me ligou, pensei que estivesse tudo bem.
-Ela está triste, trancada no banheiro e nada ocorreu como o esperado. –Hope quando está deprimida, entra no banho com a água quente demais ou fria demais. Gosta de relaxar e na maioria das vezes, funciona para ela. Mas não acho que essa seja a solução para esse problema.
-Estou indo para sua casa agora. –Dylan desliga antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Coloco o celular em cima do sofá e me direciono para porta do banheiro, que ainda está trancada.
-Hope?
-Sim?
-Já ficou um bom tempo ai, não acha?
-Daqui alguns minutos eu saio, Kerry.
-Por que não sai agora? Pode me ajudar a fazer algo para comermos.
-Não estou com fome. Deixe-me aqui.
Eu queria poder tira-la de lá, aliviar sua dor. Sentei-me no sofá e só levantei-me quando Dylan bate na porta.
-Entre. –Falo abrindo a porta voltando para sala. Dylan fecha a porta se direcionando a mim.
-O que houve?
-Ollie passou dos limites. Só tenta tira-la daquele bendito banheiro.
-Ah, Hope... –ele se lamenta caminhando até a porta. Escorei-me na parede do corredor, para ver a facilidade que a deve tirar de lá.
-Hope? –ele suspira porém, ela não responde.
-Hope, deixe me entrar.
-Dylan? Deixe-me sozinha por mais alguns minutos. –ele me olha, tentando entender o que aconteceu tempo atrás. Eu pensei que ela abriria, ela se conforta com sua presença. Mas isso a machucou tanto... Não imagino viver dois anos com uma pessoa para depois, ela ser totalmente diferente do que pensava.
Dylan encosta sua testa na porta, apertando as mãos. Ele estava querendo bater em algo. Ou alguém? Ele caminha parando em minha frente.
-Onde posso encontrar esse tal Ollie, Karry? –Ele flexiona seu maxilar. Puxa, vê-la assim o deixou com tanta raiva quanto eu!
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New beginning, big love.
RomancePor dois anos, Hope Schwartz vivenciou um amor ilusório longe de sua família. Kerry Griffith, sua irmã adotiva, a chamou de volta para casa. Hope pegou o primeiro avião de volta para Chicago, mas estava tudo diferente. Em uma noite festeira, conhece...