Arrival

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Eu te queria assim, do jeito mais puro e direto. Queria seus lábios, seus olhos, suas mãos, seus braços. Eu te queria como a chuva quer cair, como o sol quer brilhar e como as palavras querem ser lidas. Eu te queria até o milésimo grau e nenhuma quantidade de chuva era o suficiente para apagar o fogo que você despertava em mim.

P.S: Meu céu particular tinha a cor dos teus olhos azuis e cheiro de você.

De seu amor

Dylan.

Eu odeio despedir-me da minha família e de quem amo. Olho para trás antes de entrar no avião, vejo Mark e Lisa, dei uma boa olhada e os encarei por alguns segundos já que eu não os veria tão cedo. Caminhei pelo corredor do avião, a procura da minha cadeira. Sentei-me, sem dizer nada. Mas o que eu iria dizer? ''Não faço questão de voltar um dia, Kerry.''

Permaneci calada, olhando em minha mão, uma foto do céu. A penúltima vez que eu e Dylan fomos á praia e pedi para que ele tirasse, já que sou apaixonada por paisagens. Virei á foto, encarando bem, sua letra e relendo pela trigésima vez, seu pequeno texto.

O deixaria para trás, mas levarei seu amor comigo, e o amor que sinto por ele. Kerry percebeu minha aflição, ligou seu Mp3, dando-me um lado de seu fone. Colocou uma música lenta, para que eu relaxasse. Olhei fixamente para as nuvens e o céu azulado, do lado de fora da janela e adormeci.

Minutos depois

-Você consegue dormir mais que eu. Isso é um recorde. Merece até um chocolate, não acha? –Scott diz balançando-me para que eu acordasse. Quero muito dar um chute em sua bela cara, porém, eu estou com preguiça demais para levantar meu braço e fazer isso. Kerry o convidou para vir conosco. Sim. Morar com a gente.

Ele gostaria de ter se mudado a um bom tempo, mas não se mudou, pois Kerry estava o prendendo em Chicago. Saímos do avião, indo buscar nossas bagagens.

-Já gostei de Los Angeles. –Diz Kerry, quase quebrando seu pescoço para encarar um grupo de homens, que acaba de passar ao nosso lado.

-Puxa! Você não tem jeito mesmo em. –diz Scott dando uma leve gargalhada, o que me fez rir também.

Depois de alguns minutos, pegamos nossas bagagens. Está até difícil de andar um pouco. Porque são tantas.

Mark não gostaria que levássemos uma mala se quer, pois já tinha comprado nosso apartamento e todo o nosso closet estava lotado. Não poderia dizer sim embora ele tenha programado tudo.

Pedimos um táxi, que chegou em segundos. Ele nos ajudou com a bagagem que estava pesada. Em alguns minutos, chegamos no apartamento. Saímos do táxi.

-Vocês devem ser os novos moradores. Precisam de ajuda? –Um dos porteiros veio nos receber, já pegando uma das minhas malas.

-Claro. –Kerry diz, pegando o resto de suas coisas, e pagando o táxi.

Pegamos o elevador e logo caminhamos até a porta de nosso apartamento. Kerry e eu paramos por um segundo, olhando para a porta do nosso novo lar.

New beginning, big love.Onde histórias criam vida. Descubra agora