Ride

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6 meses depois.

Levantei-me esfregando os olhos. Olho para o relógio no corredor, que marcava quatro da tarde. Não acredito que dormi a tarde toda!!!  Coloco meus pés no chão a procura de meu chinelo, que encontro de baixo da cama. Coloquei meu pé de baixo dela, arrastando-o para fora e o calço. Abri a porta com cuidado, direcionei-me a escada, descendo degrau por degrau. Avisto Kerry escorada na porta de vidro da cobertura, caminhei até ela em passos curtos e lentos.

-Ei? O que faz aqui sozinha? –ela franziu a testa. Kerry se assustou?

-Pensando... –caminhei até a sala, ela me acompanhou, sentando no sofá ao meu lado, encarando-me.

-Pensando no que?

-Na vida. O que vem acontecendo ultimamente, você não iria entender. –assenti, compreendendo. Nunca pensei que chegaríamos aqui. Que chegaríamos nisso.

Uma mão passa pela minha cintura, não pensei duas vezes, já sabia quem era. Pelo cheiro e pelo seu toque.

-Levantou tão cedo... O plano não era dormir o dia todo?–William diz, roçando sua boca em meu pescoço, depositando alguns beijinhos.

-Sim, mas estávamos programando o dia... –Kerry diz sem pausas ou falhas, o que ela estava escondendo?

-O que iremos fazer? –William encostou seu queixo em meu ombro prestando atenção em cada palavra que saia da boca de Kerry.

-Que tal irmos para um parque?

-Sim, então iremos. –William afastou-se de mim, caminhando até a cozinha.

-Tudo bem Kerry? –direcionei-me a ela, quando vi que William não está mais por perto.

-Claro. –ela sorriu, porém seu sorriso está sem cor. Está fraco. Ela se levantou para a cozinha e logo voltando com duas xicaras de café. Assenti agradecendo, pegando a xícara de sua mão.

Bebi o café em goles pequenos, que desciam quente pela minha garganta. William se encontra em minha frente, estendendo a mão, eu a encaro por alguns segundos, e resolvo pegá-la.

Ele caminhou na frente, subindo as escadas. O silêncio tomou conta do ambiente. Ele empurrou a porta do meu quarto com a mão, que agora, havia virado nosso. Entrei logo indo para meu closet, procurando por um cropped na vicose ombro vazado de amarrar e um short saia no gabardini rosê, peguei a roupa caminhando para o banheiro. Coloquei a roupa em cima de um armário abaixo do espelho. Tirei minha roupa e caminhei até o box de vidro transparente. Liguei e deixei a água morna cair em minha pele. Peguei o sabonete, passando em meu corpo com delicadeza.

Depois de alguns minutos, desligo o chuveiro, saio do box me enrolando na toalha. Apoio-me na pia que há em frente ao box, levanto uma perna, passando o creme tentando alcançar meus pés. Pego em cima do armário a roupa, visto meu conjunto íntimo e logo a roupa. Coloco a roupa suja no cesto e estendo a toalha. Vou para o quarto, prendo meu cabelo. William passa por mim, com sua roupa e uma toalha na mão, indo tomar banho.

Puxo um banquinho em frente ao espelho me sentando. Abro uma gaveta da penteadeira e pego o que preciso para a maquiagem. Passo uma maquiagem leve, que realça as curvas de meu rosto. Passo um batom rosa nude, solto meu cabelo o penteando. Do espelho, vejo o reflexo do William saindo do banheiro, dou um sorrisinho de canto ao ver seu peitoral molhado e sua toalha amarrada na cintura. Eu não o amava como namorado e nem me imaginaria casando com ele. Mas ele estava bem ali, aquele tempo todo cuidando de mim.

Vejo colocar sua roupa, acordo de meus devaneios e guardo minhas maquiagens. Levanto-me indo até a porta, o encaro ainda vendo sua calça desabotoada. Ele dá um sorrisinho, caminhando até mim.

-Não precisamos ir cedo, né? –diz ele colocando suas mãos mornas em minha nuca. Meu corpo não precisava dele, mas o chamava. Coloquei meus braços por volta de sua nuca, encostando em seu ombro, e seus braços se encontram em volta de minha cintura. Deposito um beijo em sua boca, roçando nossos narizes. Ele retribui, mordendo meu lábio inferior, puxando-me para um beijo calmo e quente... muito quente.

-Ei, vocês estão demorando. –Scott bate na porta, o que fez nos afastar um pouco, colando nossas testas.

-Mais tarde continuamos. –ele diz afirmando, sorrio um pouco sem folego torcendo para ele acabar com o resto que havia permanecido. Abri a porta saindo pela mesma. Encontro Kerry parada em frente a escada, já com a chave do carro e a bolsa em sua mão. William sai logo atrás de mim, já com suas calças abotoadas e sua camisa ajeitada. 

New beginning, big love.Onde histórias criam vida. Descubra agora