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Eu senti meu coração parar de bater e vir parar na minha boca. Eu quis chorar, eu quis gritar ou fazer qualquer coisa que fizesse essa dor sair de dentro de mim mas, eu não consegui, eu só aceitei que essa ainda não seria a última vez que alguém me mataria sentimentalmente e me deixaria respirando. A sensação é horrível e eu? Bom, eu ainda não sei o que fazer.Descobri que, mesmo com raiva, podemos sentir falta de alguém. Eu sentia tanta saudade dele, mais que qualquer outra coisa. E ele também não me deixava esquecer...
Perdi a conta de quantas mensagens me mandou e de quantas vezes ligou. As mensagens eu li. Sou muito curiosa para apagar ou jogar fora o que quer que seja sem abrir.
Em todos, ele dizia a mesma coisa; estava arrependido do que havia feito, que queria me ver e que precisávamos conversar. Mas eu ainda não estava preparada. Eu sabia que uma hora teria que enfrentar aquilo. Mas no momento não. Eu não podia. A mágoa ainda era grande. Imensa.O meu pai também estava com raiva dele. Acho que qualquer pai ficaria, se soubesse que por pouco sua filha não morreu depois de ver seu namorado beijando outra. Mas minha mãe não parava de insistir que eu o escutasse. Segundo ela, aquela dor no meu peito não iria embora enquanto eu não passasse tudo a limpo. Eu não queria passar a limpo porque não estou forte o suficiente.
Scott concorda comigo, e reclama todo o tempo de ter me deixado sozinha com Dylan. Por ter aceitado por termos voltado. Kerry discorda de todos além da minha mãe, que achou sua ideia um máximo. Já eu, gostaria de ver mais filmes e dormir todos os dias.
Depois de um tempo, Kerry me deu um analgésico, que eu precisava tomar de quatro em quatro horas para não sentir dor, mas que me dava muito sono. E por isso acabei adormecendo no meio de um filme.
Minutos depois
Acordei-me com Kerry ao meu lado, prestando atenção em meus machucados.
-Ei você está bem? -diz ela, sem tirar os olhos de mim.
-Estou. Na verdade, não sei. -meus olhos estavam queimando, eu juntei todas minhas forças para conter que uma lágrima caísse.
-Sabe, Hope... tem coisas que a gente tem que relevar. Ele deveria dar ter dado um chega na mulher da festa? Deveria. Mas é conversando, que irão se resolver. Infelizmente ninguém consegue ler pensamentos. E eu acho que a maior parte do tempo de namoro de vocês, foram muito felizes. Eu me lembro do começo. Você era apaixonada, tenho certeza que ele também, pois sempre veio atrás de você. Você acha que aquele amor todo foi embora?
Instintivamente coloquei a minha mão que não estava machucada no peito. O Dylan ainda morava ali dentro, naquele mesmo lugar que estava tão dolorido.
Nós ficamos um tempo sem falarmos nada, enquanto eu assimilava as palavras dela. Um pouco depois, ela se levantou, deu uma olhada para fora do meu quarto, e então tornou-se a se sentar, falando bem baixo.
-Cuidado para não perder esse amor todo, Hope. Porque eu sei por experiência própria que não é fácil esquecer. -Kerry se levantou novamente, passando pela porta indo para a cozinha ajudar nossa mãe no jantar.
Juntei todas as minhas forças possíveis, até as que eu não tinha, para pegar meu celular em uma pequena cômoda, ao lado da cama. Respirei fundo, revivendo o momento de angústia a cena da festa. Entrei em seu chat, escrevendo.
Dylan, você poderia passar na minha casa? Pode ser na hora que você quiser, vou estar aqui o dia inteiro. Precisamos conversar.
Enter. Bloqueei meu celular, não esperando uma resposta imediata, eu preciso me preparar para ver aquilo lindo rosto.
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New beginning, big love.
RomancePor dois anos, Hope Schwartz vivenciou um amor ilusório longe de sua família. Kerry Griffith, sua irmã adotiva, a chamou de volta para casa. Hope pegou o primeiro avião de volta para Chicago, mas estava tudo diferente. Em uma noite festeira, conhece...