New beginning, big love.

My heart beats fast

Dylan on

O problema é que eu sempre fui teimoso demais, sempre quis pagar para ver. Fico ali insistindo em algo que eu sei que não vai acontecer. Talvez algumas pessoas tenham razão, isso só me fará sofrer. Fico passando por coisas que sei que não mereço, e mesmo assim continuo insistindo. Às vezes até acho que sou eu mesmo que me faço sofrer, de tanto tentar.

Ela estava linda. Aliás, ela é linda, mas naquele dia, estava perfeita. Aqueles olhos que brilhavam mais que céu estrelado, maquiagem natural que a deixa mais linda ainda. Ela é a mulher dos meus sonhos, a que esperei a minha vida toda. A vi entrar no restaurante com o cara que diz ser o homem da sua vida. E esse homem não sou eu.

Eu não pude fazer nada, dizer nada. Apenas levantei-me saindo da droga daquele lugar, com lágrimas nos olhos. O tempo passa rápido como um eclipse lunar, você percebe que tudo aquilo que você passou antes não passaram de fases e a que agora são apenas memórias boas, talvez ruins, mas o que importa é que tivemos fases boas que serão sempre lembradas em meus sonhos.

Uma mensagem de Hope enviada no celular de sua irmã, salvou meu dia, me deu esperança. A noite, virei para todos os lados possíveis e posições para conseguir dormir. Bom, eu não consegui.

Dia seguinte

Sai do box, pegando a toalha que estava dobrada em cima do cesto. Enxugo-me logo colocando a toalha presa por volta de minha cintura. Coloquei minha cueca, optando vestir uma calça jeans e uma blusa branca, com manga. Las Vegas amanheceu frio. Estendi a toalha no box, caminhei até a porta, a destrancando, fui até o quarto indo em direção a uma prateleira onde havia deixado meu perfume. O peguei, esborrifando o mesmo em meu cangote.

Olhei para todos os lados do quarto, a procura de meu celular, avistei em cima da cama. Em passos lentos e curtos, caminhei até a cama erguendo a mão, pegando o celular. O desbloqueio, vendo o relógio e uma mensagem de Kerry.

-Estou indo. –respirei fundo, sentindo meu coração apertar e ouvir cada parte do meu corpo, chamar por Hope.

Peguei a chave do carro, caminhei para a porta principal, passando pela porta do quarto. Abri, saindo da mesma, logo a trancando. Caminho até o elevador, espero abrir e logo entro. Coloco o celular em meu bolso. Não irei responder, já que lá iremos conversar.

A porta do elevador abriu, percebi a movimentação no Hotel, caminhei saindo do prédio, ainda observando todos em volta. Avisto meu carro estacionado na rua a frente, atravesso a rua, destravando o carro com o controle. Não gosto muito em dirigir com a rua movimentada. Entrei no carro, fechando a porta já girando a chave, dando arrancada.

Depois de alguns minutos

Estacionei o carro na calçada da Praça que marcamos de nos encontrar. Deslizo minha mão para meu bolso novamente, pegando meu celular. Desbloqueio a tela, olhando o horário. Afastei meu olhar do relógio para a janela do carro, observando a praça, a movimentação dela. Olho para todos os cantos a procura de rostos conhecidos. Ouço meu celular emitir um som, recibo de mensagem. Engoli um seco, ao ler a mensagem de Kerry, avisando que havia chegado.