Confession

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Me desculpem mesmo, como eu disse no final do capítulo anterior, eu viajei e não pude postar os capítulos. 

Mas agora estou de volta, e cada dia postarei um capítulo :)

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-Você está bem? Está parecendo um fantasma de tão branca, Hope. –diz Kerry, que segura minha mão, acariciando com o polegar.

-Sim, ela está bem. Só ficou calada do nada. –William nem a espera começar outra frase que a atropela com palavras. Assenti demonstrando estar bem, que William está realmente certo. Mas sei que não. Não está. O almoço foi tomado por silêncio e a única coisa que falei, foi pedir para voltar para casa.

-Vem comigo. –Kerry puxa-me para me levantar do sofá. Olhei rapidamente para William que parecia não ligar, bem, ele não entendia o motivo do meu comportamento e preferiu não perguntar, não é culpa dele.

Caminhamos pelo corredor, subimos a escada e nos direcionamos para o quarto de Kerry, que está todo bagunçado. Passamos pela porta, e me sentei na cama, peguei a ponta do edredom que está simplesmente jogado, e coloquei em cima de minhas pernas, resolvi não opinar, não queria levar uma bronca logo agora, logo hoje.

-Agora me conta o que aconteceu, maninha. O que a praga do William fez? –deixei suas palavras soarem alto, permaneci calada, apenas com meus olhos fixados na ponta do edredom que ainda seguro.

-Ei, Hope. –eu me segurei para não encara-la, foi automático. Ergui meu rosto, olhando sua expressão. -Eu estou aqui, sabe? Para conversar, para brigar, rir, fazer loucuras, seja qual for o momento, estarei aqui. Não precisa me contar o que aconteceu ou porque você tá mal. Só me deixa tentar colocar um sorriso no seu rosto, não fique triste e quieta desta maneira.

Apenas a abracei. Não pude conter as lágrimas que escorriam em meu rosto. O meu conforto não foi a voz de William e nem o Strawberry Donut que mal provei no almoço. Meu conforto é simplesmente minha irmã.

-Está tudo bem se você chegou ao final do dia e não aguentou segurar as pontas. Está tudo bem, sério. Desabar faz parte, ninguém é de ferro. –diz ela, passando as mãos em minhas costas acariciando.

-Dylan. –É estranho como esse nome soa em minha boca, há tanto tempo que não digo esse nome, mas há tempo demais que esse nome está preso em minha garganta.

-Dylan? Como assim? Você o viu? –a voz de Kerry é preocupada ao mesmo tempo confusa.

-Sim.

-Como você se sentiu no momento?

-Isso lá importa, Kerry? –eu disse sentindo minhas lágrimas secarem em meu rosto. Eu não pensei que iria passar por esse dia. Eu não posso chorar.

-Sim. Importa. –ela afirma, engrossando a voz.

-Eu não sei como me senti, Kerry. Sabe, eu por muito tempo, tentei me manter distante dele, tentei parar de escrever, pois tudo era sobre ele, tentei parar de ler histórias de amor, de ouvir músicas românticas, pois sempre era ele que invadia meus pensamentos, eu juro, tentei de todas as formas esquece-lo, mas tudo foi em vão e acredito que sempre vai ser, afinal feridas cicatrizam, mas nunca somem. Ele ainda continua aqui, dentro do meu peito, mas não há muito o que eu possa fazer agora. William está em minha vida e não quero retirá-lo para receber o passado de volta, entende? –deixo as palavras saírem levemente pela minha garganta, sem nenhum arrependimento de tê-las ditas. Afastei-me de Kerry, voltando a pegar a barra do edredom, olho para a minha mão, deixando meus pensamentos levarem-me longe.

-Eu não pensei que fosse ser assim, Hope. Desculpe-me de novo. –Kerry deixa as suas palavras soarem tristes, bom, eu já não estou entendendo mais nada dessa conversa.

-Como assim? –arqueei minha sobrancelha, assentindo para que ela continuasse.

-Ele entrou em contato comigo, Hope. Eu disse que você estava feliz com outro alguém. Mas acho que ele quis ver com os próprios olhos. Eu não fazia ideia que ele iria aparecer. Perdoe-me. – E foi nessa hora que meu coração saltitou de ódio.

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