Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]

Prólogo.

          - Chega, Barbara! Este quarto já está me fazendo mal, por que não posso sair? — a arquiduquesa balançou os braços e começou a caminhar em círculos.

- Luísa, hoje está frio demais e temo por sua instabilidade. Sabe que pega resfriados a toda hora! — a dama de companhia mexeu os olhos, não querendo fazer contato visual com Luísa.

- Mentira. Você está blefando. Existe outro motivo. — afirmou, puxando a atenção de Barbara. Ela bem sabia que a arquiduquesa odiava mentiras. 

Mas esta era para seu bem.

Mais cedo ou mais tarde, ela iria descobrir, mas o quanto Barbara pudesse escondê-la, ela esconderia.

- O quê? Não, claro que não, Lis. — inspirou.

- Se você não me diz, então eu vou procurar quem me conte. — abre as portas do quarto, com toda a força que seu corpo magro poderia exercer.

Ela se arrependeu no mesmo instante.

Ouvia choros contidos, outros avassaladores, mas eram choros. Por quê?

- Luísa! — sua dama correra até ela, pegando em seu ombro. Ela se desvencilhou rapidamente e foi até o quarto de Vagner. Ele deveria saber de algo.

- Vagner? — bateu na porta. Escutou choros. Choros e mais choros. Sentiu um frio na sua barriga. Mas o que estava acontecendo?

- Luísa... — Barbara estava atrás dela. A arquiduquesa entrou no quarto e viu suas seis irmãs, em volta da cama. Sua mãe estava no recamier, encolhida, enquanto seu pai, tentava acalmá-la.

Quando olhou para cama, viu uma visão que nunca queria ter visto. Era Vagner. 

Morto.

Estava nítido que ele fora assassinado, mas quem poderia cometer uma atrocidade daquele tamanho?

Suas pernas fraquejaram e se apoiou em Barbara, que passava a mão em seus sedosos fios de cabelo.

Ninguém havia percebido sua presença ali e fora Sophie, quem percebera.

Logo, todos se levantaram e se ajoelharam em seus pés, inclusive Barbara.

- Por que estão fazendo isso? Estão me assustando. — soluçou.

- Você é a nova kaiserin, minha filha. — seu papa respondeu entre soluços, como ela também.

De repente, tudo ficou escuro e a imagem de seu irmão completamente ensanguentado, foi a última coisa que Luísa viu.