Ploc.
Foi o som da maçã caindo no chão, atingida por uma flecha. Luísa mais uma vez, estava praticando. Barbara e Manuela estavam sentadas nas braçadeiras, lendo alguns livros e conversando para saberem mais sobre elas. Hoje, estava fazendo mais frio que o normal, e Luísa estava com um pouco de medo, pois fazia dois dias que tinha um pressentimento ruim. Mas, é claro que a arquiduquesa não deixaria de sair para fazer suas atividades, por algumas intuições, por mais que elas nunca falhassem.
Já era de tarde, e geralmente, não se fazia tanto frio quanto hoje. Luísa, caminhou até a maçã flechada, e retirou a flecha. Quando virou-se, conseguiu ver um homem observando-a por uma janela, dentro do Palácio. Estreitou os olhos, e pôde ver que era o chanceler que ajudara alguns dias atrás. Acenou sorridente, o que foi rapidamente retribuída.
Caminhou até onde estavam suas damas, e colocou as armas ao lado da poltrona.
- Posso saber o que vocês estavam conversando? — questionou, bebendo um suco de framboesa.
- Estávamos conversando sobre o quão bonito é o novo chanceler! Nossa, nunca tinha visto um homem tão bonito! — Barbara suspirou e Manuela gargalhou.
- Oh mein gott, Barbara! Você só pensa em homem, credo. Manuela, não pensava que você e Barbara se dariam tão bem, principalmente neste assunto!
- Não tive nada a ver com isso, Luísa! Somente estava escutando as descrições de Barbara, não poderia sair e deixá-la conversar com o vento.
- Não se faça de omissa! Você bem que estava gostando! — as três sorriram.
O som das três garotas sorrindo era a única coisa capaz de se ouvir, até que a risada de Manuela e Barbara cessaram, junto com um arregalar de olhos vindo da parte delas.
- O que foi? — Luísa questionou, preocupada. Manuela só conseguiu apontar para atrás da arquiduquesa.
A moça olhou para trás e viu o homem que tinha acabado de acenar para ele. Ele sorria alegremente e ela se levantou.
- Chanceler. O que devo a honra de sua procura? — questionou, enquanto ele beijava sua mão, suavemente.
- Não pude deixar de prestar atenção em você atirando. Gosta muito, não é? — questionou, com as mãos para trás e ela sorriu levemente.
- Se tornou um hábito. Quando não houver quem me proteja, eu mesma farei isso. — quase pôde ouvir Barbara suspirando em desaprovação. Suspiros são muitos comuns vindos de Barbara.
- Que ótimo. Uma mulher forte e que não teme os perigos. — a arquiduquesa se surpreendeu com aquela resposta. Maioria dos homens em que conversava, achava aquilo hábitos medievais como sua mutter costumava fazer. Mas, aquele homem não achou. Realmente, era um ser revolucionário, em meio a tantos outros cabeças de pedra. — Mas, voltando ao porquê de eu ter vindo aqui. Gostaria de cavalgar comigo?
- Seria uma honra, chanceler. — confirmou. — Barbara, Manuela, vocês podem pegar a minha égua e um cavalo novo para o chanceler? — elas assentiram prontamente e saíram em direção ao estábulo, que ficava próximo dali.
- Perdão, chanceler. Mas eu ainda não sei o seu nome. — mordeu o lábio.
- Joachim, Alteza. — sorriu.
- Ah, por favor, Alteza, de novo não. — pediu.
Percebeu que suas damas de companhia, logo voltavam com os cavalos. Chegaram perto dele e em um movimento rápido, os dois montaram nos animais.
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Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]
Historical FictionUma jovem governante. Uma família desfigurada. Um chanceler, um guarda e uma prima distante, mas não tão distante. E uma garota que assumiu responsabilidades mais pesadas que suas costas poderiam carregar. Luísa era uma garota totalmente despreocupa...