Vigésimo Sexto.

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- Eu acredito que se ela continuar andando em círculos assim, criará um buraco no chão. — Sylvia sussurrou para Manuela.

- Eu escutei Sylvia!

- Também acho. — a morena concordou com a loira.

- Escutei novamente!

Luísa estava quase subindo pelas paredes. Hoje, era o dia tão importante das alianças, e embora, ela tivesse tido uma ótima noite de sono, estava inquieta e fatigada.

- Será que vai dar tudo certo? — Luísa soltou de repente.

- E por que não daria? — Sylvia questionou.

- Ah, tenho medo de estar nervosa demais e atrapalhar... — cobriu o rosto com as mãos.

Há muito tempo Luísa esperava este momento, e agora ela não poderia fazer nada de errado, pois se ela saísse sem alguma aliança daquela sala de reunião, com certeza se martirizaria pelo resto da vida. E não somente ela se martirizaria, os seus súditos também.

Primeiro, ela tomou um banho muito demorado com alguns sais que acalmavam e enrolou-se em um roupão, depois começou a ler os livros de economia que havia trazido enquanto Barbara não trazia o seu desjejum.

- Luísa, acho que nós já podemos colocar a roupa de baixo, não é? — Manuela questionou com o espartilho e as anáguas em mãos.

- Não! — respondeu alto, segurando a barra do roupão, e a morena levantou as mãos para o alto em sinal de rendição.

- Será que Barbara ainda vai demorar muito para trazer o desjejum? — a loira mais nova indagou. — Luísa precisa seriamente de um chá de camomila!

A ruiva virou o pescoço indicando que havia escutado seus sussurros novamente.

Na mesma hora que a arquiduquesa fez esta observação, Barbara abriu a porta do quarto, vindo com um carrinho de guloseimas.

- Você quer me engordar, Barbara?

- Imagine! Mas, o cozinheiro do rei havia preparado o desjejum especialmente para você, e me fez prometer que traria tudo. Aliás, foi um sacrifício enorme subir aquelas escadas com este carrinho mesmo com a ajuda de dois homens. E preste atenção, talvez eu tenha mais força do que aqueles dois homens! Eles vinham fazendo um esforço enorme e de vez em quando paravam. Olhe... — e continuou a tagarelar.

Luísa olhou para Sylvia que olhou para Manuela. E começaram a rir.

- O que houve? Não estou vendo o motivo da graça! Eu venho quase pondo minhas costas em risco, e ao invés dos homens me ajudarem, colocam quase todo o peso para mim, e vocês ficam rindo da minha cara?! — deu as costas, e as três começaram a abafar os risos.

- Somente Barbara para me tirar esse nervosismo! — a ruiva limpou as lágrimas que haviam se formado no canto dos olhos.

- Ela é uma rabugenta de mão cheia, mas é uma rabugenta engraçada. — a outra dama de companhia disse e todas confirmaram.

- Obrigada, Brietta. — a kaiserin agradeceu a camareira que havia posto a mesa. A mulher a olhou como se ela fosse uma anormal. Nunca nenhum nobre havia lhe agradecido e muito menos aprendido seu nome.

- Tenho honra de lhe ajudar, Majestade. — fez uma vênia e saiu do quarto.

- Venham, eu nunca irei conseguir tomar este desjejum sozinha. — ela indicou as cadeiras vazias e as três se sentaram.

- Preciso que tudo fique perfeitamente bem, Pierre. Devemos passar uma boa imagem para a kaiserin. — Bruno ordenou e o primeiro-ministro balançou a cabeça, confirmando.

Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora