- Majestade, fiz o que a senhora me pediu. Mandei cartas solicitando a presença de alguns burgueses.
- Mandou eles virem o mais rápido possível, não foi?
- Sim, creio que até amanhã estarão todos aqui. Quem chegou a pouco tempo foi o Guardião do Selo, Majestade.
- Eu vou encontrar-me com ele, então. Obrigada, Dieter.
Depois da grave discussão que houve com seu pai, Luísa estava incrivelmente melhor, parecia ter tirado um peso de seus ombros, mas ainda estava triste.
Ao chegar no salão negro, encontrou suas irmãs, Joachim e Henry. Eles conversavam animadamente.
- Bom dia! — ela cumprimentou a todos, já que não havia tomado café da manhã com eles.
- Bom dia. — responderam em uníssono.
- Quase não estou conseguindo esconder minha ansiedade em querer ver a nova moeda.
- Pode acreditar, Majestade, fiz o meu melhor para essa moeda.
- Então mostre logo, homem! — falou animada.
Ela estava entre Sylvia e Henry e deu um sorriso para o primo, que parecia estar de bom humor. Observava atentamente o homem retirar de um pequeno embrulho três moedas: uma de ouro, prata e cobre. Sylvia pegou a de prata para observar junto com as gêmeas, Joachim a de cobre e Luísa a de ouro.
- Deixou-me com cabelo solto, como eu havia pedido. — o sorriso dela era enorme.
- Claro, o seu pedido é uma ordem, Majestade.
- Qual a opinião de vocês? — ela perguntou.
- Nós adoramos. — Cecília respondeu.
- Está muito bonita, mesmo. — dessa vez, foi Joachim quem falou.
- Achei diferente, nunca tinha visto uma parecida, mas está esplêndida.
- Então, com tantos comentários bons, eu aprovo. Pode começar a produzir.
- Obrigada, Majestade. Logo, logo todos os súditos andarão com essas moedas no bolso.
O homem despediu-se, e com ele, o chanceler que havia pedido permissão para ir a sua casa, resolver alguns problemas. Sylvia deixou então a irmã e o príncipe a sós, levando as gêmeas consigo, pois pressentia que a ruiva tinha algo a falar com ele. Não, Sylvia não era vidente nem nada parecido, mas bastava um pouco de atenção para ver que ela estava inquieta.
E sim, ela tinha algo para falar. Ou melhor, perguntar.
Queria saber o havia acontecido anteriormente na biblioteca.
Ele também estava nervoso, mas por ser discreto, era algo quase impercetível.
Ela ia indagar, estava com tudo pronto em sua cabeça, no entanto, o que veio a sair de seus lábios, foi algo bem diferente.
- Henry... Soube que é o responsável por aconselhar tio Leopoldo e Charles com questões econômicas.
Ele piscou rapidamente. Não era aquilo que ele planejava escutar.
- Oh, sim, Charles não é muito interessado em economia e meu pai tem uns pensamentos ainda retrógrados. Você sabe, não é?
Eles sorriram brevemente.
- É verdade. — em um dado momento, eles saíam daquele salão e caminhavam pelos corredores. — Mas, qual o porquê da pergunta?
Ela não sabia porque pedia aquilo, mas achou que era necessário. Parecia que algo estava lhe pedindo para ficar mais próximo dele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]
Historical FictionUma jovem governante. Uma família desfigurada. Um chanceler, um guarda e uma prima distante, mas não tão distante. E uma garota que assumiu responsabilidades mais pesadas que suas costas poderiam carregar. Luísa era uma garota totalmente despreocupa...