Vigésimo Sétimo.

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- Acha que gostaram de você?

- Não sei, mas se não gostaram, souberam disfarçar com maestria.

As irmãs já haviam voltado da França, e se encontravam no quarto de Luísa, com Sylvia relembrando os fatos de quando estiveram lá.

- Eu acho que eles gostaram, afinal, todos assinaram parceria com a Áustria. - divagou, enquanto balançava as pernas na enorme cama da irmã, e a olhava trabalhando.

- Eles podem ter assinado pelos potenciais do nosso Império, não por terem simpatizado comigo. - respondeu, enquanto lia alguns documentos. Trabalharia em seu quarto hoje.

A loira revirou os olhos.

- O seu pessimismo me assusta.

- Não sou pessimista, apenas realista.

Antes que a mais nova pudesse retrucar, escutaram batidas na porta.

- Desculpe interrompê-las, mas vossa irmã está aqui. - Angelina avisou com a voz doce.

As duas se entreolharam.

- Desde quando uma das gêmeas precisam de autorização pra entrar em seu quarto? - Sylvia perguntou.

- Nunca. Que bobagem é essa, Angie? Por que ela não entra como sempre fez?

- Perdoem-me, não esclareci. Não é uma das gêmeas que estão aqui.

Luísa começou a raciocinar. Mas, é claro! As gêmeas nunca pediriam algo como isso, então só podia ser...

- ...Natália ou Sophie. - disse a ruiva guardando os papéis na gaveta da cômoda.

A arquiduquesa arregalou os olhos.

- O que elas poderiam estar fazendo aqui? - levantou-se da cama, afoita.

- Eu não faço a mínima ideia. Mas, quem está aqui? Sophie ou Natália?

- Sophie. - a kaiserin revirou os olhos, impaciente. - Não se preocupe, eu não a deixei entrar, mas ela afirmou convicta de que só sai daqui se falar com você, Luísa.

- Oh meu Deus, o que Sophie quer? - a loira batia os pés, nervosa. Apesar de passar tanto tempo com Sophie, depois que saiu de sua companhia, percebeu que não se sentia muito bem perto da irmã.

- Ela não deve querer nada demais, Sylvia. Talvez, esteja aqui apenas para encher-me os nervos. No entanto, vou descer. Quero ver o que ela tem a dizer.

A ruiva já estava caminhando para a porta, até que se virou para Angelina e lhe indagou:

- As gêmeas estão dormindo?

- No sono mais profundo que há. - prontamente lhe respondeu.

- Não as deixe nem chegar perto do salão, certo Angie? - a mais velha assentiu.

Sylvia olhou para a irmã como se implorasse para ir junto, e pelo mesmo olhar, Luísa assentiu.

Então, elas desceram as escadas em silêncio sendo acompanhadas pelos guardas e assim, que chegaram ao último lance de escada, conseguiram escutar a voz impaciente e altamente debochada da irmã.

- Luísa! Sylvia! - a voz estridente da segunda ruiva da família soou mais esclarecida.

A kaiserin esperou chegar mais perto da moça, para só então falar:

- Sophie. A que devo a honra de sua visita? - cruzou os braços, e arqueou a sobrancelha. Sylvia se pôs do lado da irmã.

- Oh, querida, não vai nem dizer que sentiu saudades? Nem me deixar entrar? Gostaria muito de conhecer sua nova moradia! - disse, tentando passar por um guarda, mas sendo barrada pelo mesmo.

Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora