Sexto.

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          A cabeça de Rainer parecia que ia explodir. Tantos afazeres, tantos problemas, muita coisa ainda a se ensinar para Vagner, e ele parecia que quase não absorvia nada o que tentava ensinar. Seu filho era um bom rapaz, mas não tinha tanta certeza se seria um bom kaiser. Ele tinha medo de seu filho se envolver em guerras desnecessárias, como a dos 7 anos, em que o próprio havia se metido e trouxera muitos fatores negativos.

Mas Vagner tentava, se esforçava. E ele pensava que por esse esforço, ele talvez poderia ser um bom governante. Por isso, havia demitido o último chanceler, que apenas embaralhou toda sua mente. Este novo, Joachim, era jovem, mas ainda assim, um grande estrategista. E ainda devia se preocupar com sua sobrinha postiça, que chegara a um dia, afim de se casar com seu primogênito. Eram muitas coisas para se resolver em tão pouco tempo; ele tinha somente 6 meses para deixar o trono, como a lei austríaca mandava, e ainda por cima, seu irmão maníaco, Wolfgeist, estava de volta, cujo era sinônimo de problema.

Saiu de seu gabinete, tentando espantar todos estes pensamentos negativos. Caminhava pelos corredores, indo até a sala de jantar, tomar o café-da-manhã, entretanto, foi interrompido pelo o chefe dos Guardas.

- Majestade. — fez uma reverência.

- Sim, Wilfried? — perguntou impaciente. Olhou para o lado em que ficava a Sala de Jantar Imperial; não costumava falar com as pessoas, olhando-as nos olhos.

- Perdemos Wolfgeist de vista.

Luísa apertou os olhos com força, enquanto raios solares insistiam em ir em direção aos seus olhos. Até que ela estranhou. Estava frio demais. Barbara e Manuela não a acordaram. E ela estava praticamente sentada! 

Abriu os olhos e percebeu que tinha dormido na varanda, junto com Alice. Como suas damas não a acordaram para ela dormir em sua confortável cama? 

- Alice. — chamou a prima — Alice? Alice!

A belga resmungou algo, mas logo abriu os olhos e reclamou de dor nas costas. 

- Dormimos aqui? — Luísa assentiu — Ai minhas costas.

- Preciso tomar um banho. Vá para seu quarto e me espere lá, iremos juntas a sala de jantar. — a arquiduquesa pediu e a princesa assentiu.

Passou pelas damas de companhia de Luísa e cumprimentou-as, caminhando lentamente por culpa da dor nas costas. Assim que ela saiu, a garota virou-se para as duas damas, querendo defenestrar cada uma delas.

- Posso saber o porquê de terem me deixado dormir no sereno e nessa braçadeira horrível? — questionou.

- Você e sua prima conversaram durante bastante tempo e quando vimos já estavam dormindo. — Manuela começou.

- E quando fomos pedir para que viessem para sua cama, vocês resmungaram e disseram para deixá-las lá. — Barbara completou.

Luísa entreabriu os lábios na tentativa de argumentar algo, mas nada saiu. Quando viu que fora vencida, apenas bufou.

- Barbara prepare meu banho, e Manuela escolha minha roupa. — respondeu, ainda séria e as duas soltaram risadinhas, como se estivessem vencido. 

Luísa sentou-se na cama, e lembrou do principal foco na conversa de Alice.

"Você precisa ver Henry, Luísa. Ele nunca esteve tão mudado."  "Ele parou de seguir regras e tentar ser perfeito?"  "Não, não digo isso mas..."  "Então, ele não mudou nada, Alice. Já chega deste assunto, por favor!"

Todos tentavam de alguma forma, aproximá-la de Henry. Esperavam talvez, um casamento, mas se dependesse dela, ele não sentiria nem seu cheiro.

- O banho está pronto, Luísa. — Barbara apareceu e a garota espantou os pensamentos. 

Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora