Talvez, os planos de Luísa de ficar sentada a noite inteira tenham sido dissolvidos.
Veja bem, a jovem kaiserin não queria dançar com ninguém. Entretanto, poucos cavalheiros a deixaram descansar. Agora era um momento em que ela estava feliz por finalmente estar sentada.
Ela estava sentada na mesa apenas com Jenna, mas sua presença não era de nenhuma relevância, então era o mesmo que ela estar sozinha. Um criado passou segurando uma bandeja com taças de água, vinho e champanhe. Luísa optou pela bebida não alcoólica enquanto sua prima preferiu o champanhe.
A ruiva se saiu bem até agora. Não era uma exímia dançarina, mas só pelo fato de não pisar nos pés de seus pares já era um avanço. Herr Macron ficaria feliz.
Ela voltou o olhar para Jenna e percebeu que já era a quarta taça da princesa. Ela também estava com um semblante triste.
- O que houve, Jenna? - indagou Luísa.
- Eu adoro dançar, mas até agora, apenas sete cavalheiros me convidaram. - suspirou.
Ela realmente estava triste com isso, mas isso não era tudo. Era muito explícito que ela nutria uma paixão por Henry e ela ficou muito sentida por ele ainda não ter lhe chamado.
Jenna era uma moça bonita, mas não tinha uma beleza fascinante como a de Luísa, Alice ou Marianne.
Mais uma dança havia terminado e a inglesa tratou de ajeitar seu penteado, que era um coque com cachos dando um volume maior. Luísa achava estes penteados uma coisa tão ridícula que nunca permitiu que Barbara fizesse-os em sua cabeça, porém, ele se adequava muito bem ao rosto de Jenna, deixando-a com um ar quase angelical. Ela melhorou sua postura e baixou um pouco o vestido, deixando o decote a mostra. Luísa bebeu um pouco mais de água e voltou sua atenção para um belíssimo lustre que havia no centro do salão.
Os pares se cumprimentaram e trocaram de companheiros. Boa parte das pessoas da mesa de Luísa continuaram lá, mas Henry e Charles voltavam para perto de suas primas. Contudo, o mais velho desviou o caminho após encontrar um amigo.
A kaiserin brincava com a taça a sua frente. Com um pouco de inteligência e astúcia (coisas que o príncipe tinha de sobra) ele perceberia que a outra moça presente na mesa estava quase implorando para ser chamada por ele para dançar...
... no entanto, se Henry percebeu, fez que não tinha.
- Luísa. - o loiro disse com a voz rouca. - Sei que quando me cumprimentou mais cedo, não fui recíproco, mas juro que não foi porque quis. Apenas... - procurou palavras, mas não as achou. - Enfim, espero que aceite minhas desculpas dançando comigo a próxima valsa.
A ruiva o olhou confusa.
- Posso aceitar suas desculpas apenas dizendo que aceito, Henry. Não preciso dançar com você para tal coisa. - debochou com uma risadinha e viu seu rosto ficar mais sério do que já estava.
- Eu insisto, Majestade. - um dos cantos de seu lábio subiu, mostrando o deboche que pairava no ar.
Jenna apenas olhava aqueles dois.
Luísa sabia que o príncipe não desistiria fácil e achou uma solução. Jenna a agradeceria depois.
- Creio que Jenna aceite este convite muito melhor do que eu. Não é, Jenna? - e a prima abriu um sorriso sem mostrar os dentes, mas antes que ela respondesse o rapaz tomou a frente.
- Creio que Jenna esteja muito cansada para tal coisa, não é Jenna? - lhe deu uma piscadela que a fez suspirar.
- Ela nem deve estar ligando para isso, não é Jenna?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]
Historical FictionUma jovem governante. Uma família desfigurada. Um chanceler, um guarda e uma prima distante, mas não tão distante. E uma garota que assumiu responsabilidades mais pesadas que suas costas poderiam carregar. Luísa era uma garota totalmente despreocupa...