Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]

Trigésimo Quarto.

Esse capítulo tem altas doses de romance.
Caso queira, leia-o com músicas (irei avisar quando precisam ligar), nesta seguinte ordem:

1) A Thousand Years;

2) Stand by me;

3) Love me like you do;

4) Adore you;

5) I don't wanna live forever;

6) Locked out to heaven.

Boa leitura!

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Áustria, 16 de abril de 1673,

Devo dizer que fiquei bastante surpresa com seu presente, Bruno. Não estava esperando e nem imaginava que tinha chegado tão cedo as pedras preciosas. Mas posso lhe garantir que eu gostei muito. A pulseira é discreta, e muito bela, da forma que eu gosto. Não sei como retribuir, pra falar a verdade, sei sim. O aniversário de minhas irmãs está chegando e você e sua família estarão convidados para o baile que daremos.

Atenciosamente,

Maria Luísa W. A. C. Habsburgo.

Ela colocou a pena de lado e selou a carta. Então, puxou uma caixinha de joias que estava em cima da escrivaninha e pegou a pulseira, pondo em seu braço.

- Você não vai desculpá-lo? - Cecília questionou.

- Não sei, querida. Estou muito magoada pra sequer pensar nisso. - virou a cabeça para olhar as garotas que estavam em seu quarto.

As meninas foram tomar café junto com Luísa e aproveitaram para conversar sobre o que Henry queria ontem a noite.

- É verdade. Mas agora, acho que você sabe que ele gosta de você. - Sylvia disse, enfiando um pedaço de bolo na boca.

- Acho que sim. No entanto, se pararmos para pensar isso não justifica. E tenho até medo se tivéssemos algo. Se ele ficou daquele jeito sem estarmos, imagine só no contrário.

Aquilo era tão desconfortável a Luísa. Ela não imaginava que algum dia Henry viria a gostar dela... Apesar de todos estarem o tempo presumido que eles seriam um bom casal.

A verdade era que talvez a ruiva não quisesse se casar. Depois do romance desastroso com Franz, tudo que ela queria era focar em seu trabalho no Império e nada mais. Fora que ela não queria ser mandada por um marido, não queria receber ordens de forma alguma.

Ela tirava como exemplo o casamento de seus pais. Rainer nunca deu explicitamente uma ordem a Charlotte; porém, a manipulava com palavras até que ela fizesse o que ele queria. Naquela época, ela lembrava bem de que nem se tocava do quão bom com as palvras ele era, mas hoje, depois de ter passado por tudo aquilo, percebeu tinha uma cobra em casa.

Estava distraída demais esfriando o chá, que não percebeu, Angelica entrando no quarto.

- Luísa? - ela piscou, e prestou atenção na governanta.

- Me desculpe, Angelica. - sorriu. - O que houve?

- Não é nada grave. É só a questão da organização do aniversário das meninas.