Vigésimo Primeiro.

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- A nossa proposta de aliança, é simples, Herr Beaumont. O exército francês ajudar o exército austríaco. — Luísa falou e Beaumont engoliu em seco.

- Mas, eu e meu monarca pensamos que o selo de nossa aliança seria um matrimônio. Mais precisamente, um entre vocês dois. — o homem falou e Luísa conteve o ato de dar uma risada. Tossiu um pouco e pediu desculpas.

- Eu não quero me casar agora, Vossa Graça, e muito menos, minhas irmãs. Então, aceita a proposta?

- O que a França ganha com isso? — questionou, com os braços cruzados e uma cara de quem não estava tentado a aceitar.

- Sabemos que por ajudar financeiramente a Dinamarca, a França acabou por esvaziar os cofres públicos. E sabemos também, que nós, austríacos, temos muitas minas de pedras preciosas. Com a ajuda no exército, nós também ajudaremos a França. 

Pierre Beaumont pensou por um momento.

- É uma boa proposta, sim. Mas, e se eu não aceitar? — Anton revirou os olhos, Joachim passou a mão nos cabelos, impaciente e Luísa apenas suspirou.

- Se Vossa Graça não aceitar... Pode pensar em uma contraproposta, entretanto, se essa não agradar a mim, ao meu chanceler e ao meu Grande Mestre... — olhou-o atentamente, vendo se ele escutava bem as palavras proferidas por ela. — O senhor volta amanhã mesmo para sua terra natal. 

O francês recuou um pouco na cadeira. Nunca tinha visto uma mulher tão imponente e sagaz quanto Luísa, e todos os pensamentos que tinha dela, foram por água abaixo.

- Quanto tempo eu tenho para pensar? — questionou, indefeso.

- Um dia. — respondeu. 

- Então, eu acho melhor ir aos meus aposentos, pensar na sua proposta, ou em outra melhor. Com sua licença. — se levantou.

- Concedida. Oh, Vossa Graça? — chamou-o. — Há uma camareira do lado de fora da sala. Ela é a encarregada de levá-lo até o seu quarto. 

- Sim, muito obrigada, Majestade. — virou-se para sair, até Luísa se levantar e chamá-lo de novo.

- Vossa Graça? — Pierre voltou o olhar para Luísa, que caminhou até ele. — Vou lhe dar um último aviso. Nosso exército pode não ser tão bom, mas nossos guardas estão preparados para qualquer coisa. Qualquer uma. Se o senhor ou seus guardas, tentarem algo, eles não hesitarão em dar um jeito nisso. Até porque o senhor sabe que o meu povo não gosta muito de vocês, franceses. Fui clara, Vossa Graça? 

- S-Sim senhora, Majestade. — gaguejou um pouco. Nunca foi muito firme mesmo.

- Ótimo! — sorriu, alegre. — Espero que descanse bastante da viagem. 

Pierre assentiu e saiu pela porta da sala, quase em um pulo. Luísa, se virou para trás, sorrindo e viu Anton e Joachim se segurando para não rir.

- Desculpe. Não resisti. — mordeu o lábio para não rir muito. 


Depois da conversa em que tiveram, Luísa foi para o seu gabinete, recebendo todos as finanças do Império. Havia muitas coisas misturadas, como coisas da agricultura, estavam no minério, e coisas do minério estavam no comércio. A ruiva pegou mais papéis e organizou-os, em uma cinco folhas para cada, afinal seria impossível entender daquela forma.

Precisava urgentemente de uma pessoa que cuidasse das finanças, mas quem? Quem seria tão confiável a ponto de Luísa 'entregar' o dinheiro do Império? E se sofresse um desfalque? A kaiserin suspirou, desejando uma bela noite de sono. E se possível, um prato cheio de comida também.

Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora