Trigésimo Terceiro.

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15 de abril de 1673

- Você fez a lista de todos que estamos devendo?

- Sim, senhora. Aqui está. — o secretário a entregou o papel com os nomes.

- Obrigada, Dieter.

- Com licença, Majestade. Alteza. — fez uma vênia para os dois e saiu.

Ela olhou o papel com os nomes.

- São muitos. —  observou Henry.

- E como... — suspirou — Tenho que separar o dinheiro para mandar meus guardas irem deixar os valores. Acho que teremos que adiar nossa aula.

- Sim, claro, sem problemas. — mas, ele não estava disposto a sair agora. — Você não gostaria de ajuda?

Ela pensou.

- Acho que sim, talvez possamos terminar antes do almoço.

No papel havia o nome, a cidade que a pessoa estava e a quantia a ser paga.

A quantia que estava sendo paga eram para pessoas que tinham fornecido algo para o kaiser, desde comida e bebida até algum serviço.

Enquanto colocava o dinheiro em um saco especial, Luísa lembrou da conversa que teve com suas irmãs há alguns dias atrás.

"Era um dia agradável em Viena. Luísa havia terminado seu trabalho (milagrosamente) antes do esperado. Então, resolveu chamar as irmãs para um lanche da tarde; para jogar conversa fora.

Costumavam tomar chá na Sala de Porcelana, mas o dia não estava tão gélido e com isso, resolveram ir a uma tenda localizada próxima a um lago no Palácio, que existia apenas para isso.

- Luísa, queremos que vá conosco a uma ópera que terá a alguns dias! — Cecília falou com sua costumeira animação.

- Sim, são cantores da França; dizem que são ótimos. — Clarissa completou a fala de sua gêmea.

- Acho que seria bom mesmo, faz tanto tempo que não saio, que estou abusando este palácio.

Elas sorriram.

- Leve Henry também. Afinal, ele é visita, não podemos deixá-lo aqui só. — redarguiu Sylvia.

A ruiva fechou os olhos com força e soltou um muxoxo.

- Esqueci completamente dele. — apoiou a cabeça em sua mão. — Não vou mentir para vocês; gostaria que Henry voltasse logo para a Bélgica.

- Mas por quê? Achei que estivesse mais adaptada a ele. — Clarissa disse o que todas ali estavam pensando.

- Paramos de brigar. Porém... Não me sinto muito a vontade com ele. Tento passar mais tempo com ele, para não deixá-lo sozinho ou para ele morrer de tédio, já que Breton disse que ele não vai poder treinar agora. Se vocês soubessem o que ele tentou fazer na biblioteca!

- O quê? — Cecília quase gritou.

Elas se aproximaram para escutar melhor, tal como se estivessem ouvindo um segredo.

Uma Imperatriz em Mim [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora